Nacionalismo, cosmopolitismo e afrancesamento em Mon coeur balance e Leur âme, de Oswald de Andrade e Guilherme de Almeida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Galvão Júnior, Heraldo Márcio [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/93355
Resumo: Esta dissertação tem por objetivo principal analisar historicamente Mon coeur balance e Leur âme, duas peças de teatro escritas em francês por Oswald de Andrade e Guilherme de Almeida, em 1916, à luz das relações políticas, sociais e culturais em São Paulo da época. Tais obras, quando observadas pela ótica do simbolismo, abrem uma gama de possibilidades analíticas que são ampliadas quando contrastadas com as fontes jornalísticas – principalmente O Pirralho, semanário irreverente de Oswald de Andrade e que contava com publicações de Guilherme de Almeida. Esta pesquisa buscou comprovar a hipótese de que, ao contrário do que acreditam diversos críticos contemporâneos de renome, tais obras não se resumem a uma arte mundana e de entretenimento burguês, mas apresentam críticas sociais muito bem definidas, embora não explícitas, por trás de citações de autores europeus, músicas, óperas, quadros, etc. Com esta intenção, foi possível reconstruir um panorama das transformações pelas quais passavam São Paulo da virada do século XIX ao século XX, tanto nos aspectos físicos da cidade quanto nos psicológicos da população. Seguindo por essa linha, são analisados os sentidos que o nacionalismo assume em diversos setores sociais e literários, assim como quais deles os autores carregam ao longo de suas carreiras, em geral, e nas duas peças, especificamente, como é o caso da paulistanidade. Este sentimento de pertencimento nacional paulista está incutido em uma sociedade já afrancesada desde os tempos coloniais e cuja valorização do cosmopolitismo ajuda a completar o quadro que se compõem as teias intelectuais paulistanas do início do século XIX. Nesse sentido, esta pesquisa remonta, desde os tempos coloniais, a presença francesa no Brasil, identifica quais obras e quais autores foram importantes para a construção...