Resíduos medievais em Pequeno romanceiro, de Guilherme de Almeida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Miranda, Leonildo Cerqueira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: www.teses.ufc.br
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/16675
Resumo: Este trabalho tem o intuito de investigar em Pequeno romanceiro (1957), do poeta Guilherme de Almeida (1890 – 1969), resíduos do romance da tradição oral mediévica, modo poemático típico da Idade Média europeia, largamente difundido na Península Ibérica, passado à cultura brasileira através da hibridação cultural originária daquela região (DIAS; REIS, 1998). Nosso objetivo foi compreender como Guilherme de Almeida se apropria do material presente na tradição peninsular, fazendo vir à tona uma série de elementos que são visivelmente medievais em textos produzidos em pleno século XX. Embasados nos conceitos da Teoria da Residualidade (PONTES, 1999), analisamos a obra do poeta, a fim de clarificar a posição da sua lírica no Modernismo brasileiro. Abrimos, ainda, espaço neste estudo para discutir a natureza do romance oral da tradição do medievo, a fim de ampliar nosso entendimento acerca deste modo poemático. Isto feito, procedemos à análise de Pequeno romanceiro, livro em que há remanescência de uma lírica e de um modo de viver, de pensar e de agir mediévicos. A análise dessa obra fez-se a partir de romanceiros da tradição, compilados por Almeida Garrett, Teófilo Braga, Carolina Michaëlis de Vasconcelos, Menéndez Pidal e Antônio Lopes.