Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Salvarani, Mariana [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/149929
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Resumo: |
A Anemia Falciforme (AF) é caracterizada pela presença da hemoglobina S em homozigose (Hb SS). As pessoas com AF frequentemente apresentam manifestações clínicas relacionadas a processos de vaso-oclusão como o acidente vascular encefálico (AVE) e síndrome torácica aguda (STA). A regulação da vasoconstrição e vasodilatação é um fator importante na modulação destas manifestações clínicas, sendo alvo de estudos. Neste trabalho, os polimorfismos nos genes de duas enzimas – enzima conversora de angiotensina 1 e 2 (ECA1 e ECA2) e o polimorfismo do inibidor do ativador do plasminogênio tipo 1, relacionado com a fibrinólise, foram avaliados. O Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona atua na manutenção da pressão arterial e do volume sanguíneo por meio do equilíbrio hídrico e eletrolítico e regulação do tônus vascular. A ECA 1 é a principal enzima desse sistema, e cliva a Angiotensina I em Angiotensina II, um potente vasoconstritor. Uma enzima homóloga, a ECA 2, é capaz de clivar a Angiotensina II em Angiotensina 1-7, uma vasodilatadora. Os polimorfismos I/D no gene ECA1 (rs1799752) e A/G (rs2106809) no gene ECA2 foram estudados neste trabalho. Além disso, a regulação fibrinolítica também está relacionada às manifestações clínicas na AF. O inibidor do ativador do plasminogênio tipo 1 (PAI-1) é um regulador da fibrinólise, inibindo os ativadores do plasminogênio e a formação de plasmina, responsável pela degradação do coágulo. O polimorfismo mais estudado no gene PAI1, de inserção de uma guanina (4G/5G) (rs1799889) na região promotora do gene, aumenta a atividade de enzima e diminui a ação fibrinolítica. Para verificar se estes polimorfismos estão relacionados à presença das manifestações clínicas, STA e AVE, foram genotipadas 392 pessoas com AF. As amostras foram caracterizadas segundo seu perfil hemoglobínico, e submetidas à extração de DNA, e utilizadas para a detecção dos polimorfismos por PCR-RFLP. As frequências dos polimorfismos foram analisadas em conjunto com as informações de ocorrência das manifestações clínicas, que foram obtidas dos prontuários médicos. O genótipo mais frequente encontrado para o polimorfismo I/D no gene ECA1 foi o heterozigoto ID (47,2%) e o alelo mais frequente foi o D (57,3%). Para o polimorfismo A/G no gene ECA2 o genótipo mais frequente foi o homozigoto GG (45,3%) entre as mulheres, e o alelo G foi mais frequente entre homens e mulheres (60% e 65,4%, respectivamente). Para o polimorfismo no gene PAI1 encontramos maior frequência do genótipo 5G/5G (48%) e do alelo 5G (67,4%). No grupo estudado não há diferença significativa entre as frequências dos polimorfismos. Foi realizada análise de regressão logística múltipla para verificar se a presença dos polimorfismos estaria relacionada a ocorrência de STA e AVE nesse grupo. Não encontramos diferença estatística significante para os valores de Odds Ratio para a relação entre os polimorfismos e as manifestações clinicas nos modelos de herança dominante e recessivo, indicando que os polimorfismos estudados não estão associados com a presença de STA e AVE no grupo estudado. |