Polimorfismo da região -675 do gene serpine1 (polimorfismo 4g5g) e sua associação com inibidor 1 da ativação do plasminogenio (pai-1), síndrome metabólica e risco cardiovascular em pessoas vivendo com hiv/aids: um estudo caso-controle aninhado à coorte.
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Medicina Tropical |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18083 |
Resumo: | Estudos recentes mostram que a síndrome metabólica (SM) é freqüente nas pessoas vivendo com HIV/AIDS (PLWHA). A importância na identificação da SM baseia-se no aumento do risco em cinco vezes de desenvolver diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e em duas vezes de apresentar doença cardiovascular (DCV) trombóticas, embora os fatores de hipercoagulabilidade não estejam incluídos nos critérios de definição da síndrome. A SM é caracterizada pela presença concomitante de fatores reconhecidamente aterogênicos em um mesmo indivíduo. A freqüência de DCV em PLWHA vem aumentando ao longo dos anos. O PAI-1 é uma proteína importante na cascata de fibrinólise e seu aumento está associado ao estado de hipercoagulabilidade. Sua regulação depende de fatores genéticos, dentre eles, destaca-se o polimorfismo 4G5G do gene SERPINE1. A participação de substâncias protrombóticas na doença cardiovascular é conhecida em pessoas sem HIV, porém menos elucidada em PLWHA. Diante disto o objetivo deste trabalho foi determinar a freqüência do polimorfismo 4G5G em pessoas que vivem com HIV e verificar se o polimorfismo tem associação com a expressão do PAI-1 plasmático, com SM e com risco cardiovascular (RCV) estimado pelo escore de Framingham. Também objetivamos verificar associação dos níveis de PAI-1 com RDC e com SM. Para tanto foi desenvolvido estudo transversal para determinação da freqüência do polimorfismo 4G5G do PAI-1 e estudo tipo caso-controle para verificar associações entre polimorfismos com níveis plasmáticos de PAI-1 com SM e depois com RCV. Também foram testadas associações com fatores de risco tradicionais. Para primeiro estudo a amostra foi 185 pessoas sorteadas de um grupo de 2074 participantes da Cohort AIDS-PE Study Group. A prevalência de heterozigose foi de 86,8% e homozigose para 4G4G de 4,4%. A média de idade foi de 40,5 (DP ± 9,9 anos). A mediana de PAI-1 ativado foi de 13,6 ng/mL (IQ: 10,8-17,5). A freqüência de SM foi de 37,9% e de dislipidemia de 82,4%. Não encontramos associação do polimorfismo com os níveis plasmáticos de PAI-1, nem com SM. Para o segundo estudo houve perda de 23, restando 162 pessoas das quais 72,8% era do sexo feminino e a média de idade foi de 40 anos. A freqüência de RDCV estimado > 10% foi de 10,5%. O alelo 4G esteve presente em 91,0% das pessoas (genótipos 4G4G e 4G5G). Não houve associação entre polimorfismo e RDCV estimado > 10% (OR=0,6; IC95% 0,1 – 3,7), nem diferença dos níveis de PAI-1 em relação ao RDCV estimado (RCV>10% 14,6 ng/ml x RDCV < 10% 14,1 ng/ml; ρ=0,9). Hipercolesterolemia foi associada com genótipo 5G5G do polimorfismo (OR: 3,3; IC95%: 1,25 – 10) e com níveis plasmáticos mais elevados do PAI-1 (colesterol não HDL (CNHDL) > 130 mg/dl = 15,6 ng/ml versus CNHDL < 130 ng/ml = 13,8 ng/ml; ρ=0,04). Nesse estudo, encontramos alta prevalência do heterozigose para o polimorfismo 4G5G em pessoas vivendo com HIV/AIDS, no nordeste do Brasil. Entretanto, não encontramos associação entre o polimorfismo estudado com níveis plasmáticos de PAI-1 nem com SM. Também não verificamos associação do polimorfismo 4G5G do PAI-1 nem dos níveis plasmáticos de PAI-1 com RCV>10% pelo escore de Framingham, mas houve com hipercolesterolemia. |