Aspectos fisiológicos e reprodutivos da exposição de vacas leiteiras ao estresse térmico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Ferrazza, Rodrigo de Andrade [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/148012
Resumo: O estresse térmico reduz a eficiência reprodutiva em vacas leiteiras. O fluido folicular (FF) contém proteínas envolvidas na atividade e diferenciação celular do folículo e maturação oocitária. A caracterização das proteínas do FF pode contribuir para melhor compreensão dos mecanismos fisiológicos envolvidos na foliculogênese e comprometimento da função reprodutiva durante o estresse térmico. No primeiro experimento avaliou-se o perfil proteomico do FF de vacas em diferentes estágios do desenvolvimento folicular (pré-desvio, desvio, dominância e pré-ovulatório) e foi testada a associação das proteínas com as concentrações intrafoliculares de hormônios esteroides. Foram encontradas 22 proteínas diferentemente expressas (P < 0.05) entre as categorias foliculares, sendo o desvio um momento-chave na determinação da expressão das proteínas. Além disso, três proteínas foram correlacionadas (P < 0.05) com as concentrações intrafoliculares de estradiol, enquanto dezesseis foram correlacionadas (P < 0.05) com as concentrações locais de progesterona. A análise de vias canônicas identificou a ativação/inibição das vias associadas com a resposta de fase aguda, sistema de coagulação, sistema complemento, receptor X do fígado e retinóide e produção de óxido nítrico e espécies reativas de oxigênio. No segundo experimento, testou-se o efeito do estresse térmico sobre a expressão das proteínas do FF de vacas. Na validação do modelo experimental, foi observado que a exposição contínua ao estresse térmico afetou os mecanismos termorregulatórios, levando a um aumento pronunciado da frequência respiratória, seguido pelo aumento da temperatura retal. As variáveis ambientais do dia anterior foram mais importantes para explicar as respostas do parâmetros fisiológicos e ingestão de matéria seca, sendo a temperatura ambiente o principal fator envolvido na troca de calor. Embora a exposição prolongada ao estresse térmico indicar um ajuste adaptativo, neste estudo foi observada apenas aclimatação parcial. O crescimento folicular das vacas expostas ao estresse térmico foi afetado e pode, em parte, ser explicado pela expressão alterada das proteínas do FF. As 28 proteínas diferentemente (P < 0.05) expressas no FF de vacas estressadas por calor foram associadas, principalmente, as vias da função imune e cascata da coagulação. Tais achados indicam potenciais mecanismos moleculares e vias de sinalização envolvidos na foliculogênese e redução da fertilidade observada durante o verão.