Educação ambiental na formação inicial de professoras e professores: a categoria totalidade como proposta de enfrentamento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Mendes, Carolina Borghi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204329
Resumo: Este estudo se configura como uma pesquisa teórica, fundamentada no Materialismo Histórico-Dialético, por meio do qual extraímos nossa defesa de que a categoria totalidade seja o eixo estruturante para a Educação Ambiental na formação inicial de professoras e professores. Partimos do pressuposto de que a teoria é um movimento de abstração para a análise, compreensão, síntese e, particularmente em nosso caso, de enfrentamento do que está identificado na prática social. Defendemos a teoria como um elemento constituinte da práxis pedagógica revolucionária, que deve ser assumido dialeticamente junto à prática. Para tanto, abordamos fundamentos do método histórico-dialético que propiciam o desvelamento do objeto da Educação Ambiental por meio de sua essência. Recuperamos a configuração histórica do debate ambiental e da Educação Ambiental para discutirmos a necessidade de entendermos o ambiente como categoria social para avançarmos no campo Crítico da Educação Ambiental. O ambiente, nesta acepção, é aquele no qual se desenrolam as lutas de classes para a exploração e para a apropriação tanto do patrimônio natural, quanto da força de trabalho das trabalhadoras e dos trabalhadores, dialeticamente. Analisamos, também, os princípios que alicerçam a formação inicial de professoras e professores, constituídos pelas racionalidades técnica e prático-reflexiva e pela interdisciplinaridade, pautados pela lógica formal. Discorremos, ainda, sobre o caráter ideológico que os sustentam, bem como as fragilidades que impõem ao processo formativo e a relevância de buscarmos superá-los, tendo a totalidade como elemento para o desenvolvimento da Educação Ambiental na formação inicial docente. A totalidade, como categoria materialista histórico-dialética, permite que se apreenda cada fenômeno ambiental por meio das relações, mediações e determinações que se expressam neles diante da realidade histórica. Isso envolve captar as contradições e analisar o fenômeno por contradição, próprio do que é necessário para a Educação Ambiental que se compromete com a superação das bases exploratórias do modelo atual de produção e reprodução da vida em sociedade. Conclusivamente, indicamos que os princípios desconsideram a real função do trabalho docente, qual seja, o compromisso com a formação e a emancipação humana, e que ainda temos que enfrentar, concretamente, o que está colocado para a Educação Ambiental, retomando a teoria, especialmente pelos fundamentos colocados pela categoria totalidade. Assim, torna-se possível avançarmos na formação e ação docente no que concerne à práxis revolucionária da Educação Ambiental Crítica.