Influência dos tratamentos térmicos de nucleação na fração cristalina e morfologia dos cristais de dissilicato de lítio LaMaV CAD

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Vallerini, Bruna de Freitas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181335
Resumo: Os materiais destinados a próteses odontológicas têm evoluído ao longo dos anos permitindo chegar a materiais cerâmicos com alta qualidade, sendo o dissilicato de lítio um dos materiais mais utilizados devido à sua ampla gama de indicações; isto é possível pois sua microestrutura está diretamente relacionada com suas boas propriedades mecânicas, físicas e óticas. O Laboratório de Materiais Vítreos (LaMaV) da Universidade Federal de São Carlos está desenvolvendo um dissilicato de lítio do tipo fresado que permite obter próteses a um custo futuro mais acessível; porém, estudos ainda são necessários para otimizar a microestrutura. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a influência dos diferentes tratamentos térmicos de nucleação na fração cristalina e morfologia dos cristais de LaMaV CAD. Para tanto foram confeccionados discos (12 mm de diâmetro x 1,2 mm de espessura) de dissilicato de lítio LaMaV CAD e de IPS e.max CAD (grupo controle, n=3). Os discos de LaMaV CAD foram submetidos a recozimento a 380oC por 2h seguido de diferentes tratamentos térmicos de nucleação, processo no qual se variou o tempo e a temperatura compondo quatro subgrupos (n=3): T1 (1h30 por 500oC), T2 (3h por 500oC), T3 (6h por 500oC) e T4 (6h por 480oC). Os discos de IPS e.max CAD foram cristalizados de acordo com as recomendações do fabricante. Foram obtidas imagens em microscópio óptico de varredura (MEV) para caracterizar a microestrutura e quantificar a fração cristalina. Tal quantificação foi realizada utilizando-se o software ImageJ, pelo qual se obteve uma porcentagem estimada das fases vítreas e cristalina. Difração de raios-X foi realizada para se verificar, por meio do refinamento de Rietveld, as fases presentes nas amostras. As imagens de MEV foram analisadas descritivamente bem como os resultados referentes à fração cristalina. A análise de DRX mostrou picos de aproximadamente 86% de dissilicato de lítio para todos os grupos. As imagens feitas em MEV mostraram morfologia dos cristais em formato acicular e homogêneos para todos os grupos, e o grupo que mais se assemelhou ao grupo controle foi o Grupo T1. O Grupo T4 mostrou uma maior nucleação de cristais em relação ao controle. A fração cristalina (%) foi: C= 59,31; T1= 61,73; T2= 60,13; T3= 55,51 e T4= 57,52, mostrando que os grupos experimentais possuíam fração cristalina próxima à do controle. Concluiu-se que a temperatura de nucleação influenciou no tamanho e na quantidade dos cristais de dissilicato de lítio e que os tratamentos que apresentaram melhores resultados foram os submetidos aos tempos de 1 hora e 30 minutos a 500oC e 6 horas a 480oC.