Efeito do desgaste nas propriedades de superfície de uma nova vitrocerâmica de dissilicato de lítio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Miotto, Larissa Natiele [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151604
Resumo: Um novo dissilicato de lítio (DL), fabricado por injeção, foi desenvolvido na Universidade Federal de São Carlos com propriedades bastante interessantes, porém previamente a utilização de novos materiais é necessária à realização de algumas caracterizações. Dentre estas análises, é pertinente avaliar as propriedades de superfície após desgaste do material visto que ajustes na infraestrutura são procedimentos rotineiramente feitos pelos cirurgiões-dentistas e que ainda não há um consenso na literatura sobre o efeito deste tipo de procedimento. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do desgaste nas propriedades de superfície de uma vitrocerâmica experimental de dissilicato de lítio (DL), comparando-o com um DL comercial, simulando um ajuste clínico em infraestrutura. Foram confeccionados discos de DL experimental e comercial (e.max Press), com dimensões de 12 mm x 1,4 mm para os grupos não submetidos ao desgaste e 12 mm x 1,5 mm para os grupos submetidos ao desgaste. Os discos (N=24) foram divididos em quatro grupos: DL experimental sem desgaste (E), DL experimental com desgaste (ED), DL comercial sem desgaste (C) e DL comercial com desgaste (CD). O desgaste (0,1mm) foi realizado em um aparelho padronizador de desgaste com pedra diamantada acoplada a um micromotor elétrico. As superfícies das amostras foram avaliadas por meio de imagens 3D, microscopia eletrônica de varredura (MEV), energia livre de superfície (ELS), análise da rugosidade média (Ra) e difração de raios X (DRX). Também foi avaliada a dureza Vickers (VH). Os dados foram analisados utilizando o software Biostat 5.1 a um nível significância de 5%. ELS e VH foram analisadas utilizando ANOVA dois fatores. Para análise da Ra utilizou-se Kruskal-Wallis seguido pelo teste de Student Newman Keuls. A mediana de Ra (μm) foi: C=1,45; CD=1,13; E=1,69 e ED=1,57 sem diferença estatisticamente significativa entre os grupos. As médias de ELS foram: C=47,1; CD=55,9; E=58,3 e ED=43,7 também sem diferença estatística. As médias de VH foram: C=571,86; CD=580,75; E=603,22 e ED=589,60 sem diferença estatisticamente significante entre marcas e tratamento. Imagens de MEV mostraram que o desgaste causa ranhuras nas superfícies, porém suaviza as superfícies como visualizado nas imagens 3D. Não ocorreu alteração da estrutura cristalina após o desgaste. De acordo com este estudo, concluiu-se que o desgaste realizado no DL pode ser realizado sem prejudicar as propriedades de superfície do DL comercial e experimental e que o DL experimental apresentou comportamento semelhante ao material comercial.