Quantificação de metais potencialmente tóxicos em mexilhão dourado (Limnoperna fortunei) por espectrometria de absorção atômica com fonte contínua e alta resolução empregando amostragem direta de sólidos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, Ana Caroline Soncin [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/138862
Resumo: O mexilhão dourado (Limnoperna fortunei) tem provocado transtornos ambientais e econômicos nas localidades onde foi introduzido. Dessa forma, o uso do seu resíduo moído como reparador da defasagem de nutrientes e de acidez em solos agrícolas pode vir a ser uma boa aplicação para esse molusco bioinvasor. Entretanto, apesar dessa ação reparadora, é necessária uma averiguação prévia da ausência de elementos potencialmente tóxicos no resíduo. Neste contexto, o presente trabalho foi realizado com o intuito de quantificar, em amostras do Limnoperna fortunei, os elementos chumbo, cádmio, alumínio, ferro e manganês, os quais dependo de suas quantidades podem ser tóxicos aos vegetais e aos demais seres vivos ao longo da cadeia alimentar. Para quantificação desses analitos foi utilizada a Espectrometria de absorção atômica com fonte contínua e de alta resolução. Foram desenvolvidos e otimizados programas de aquecimento para a determinação dos elementos traço chumbo e cádmio, empregando amostragem direta de sólidos e atomização com forno de grafite. A determinação direta de chumbo só foi possível com a utilização da calibração com o material de referência certificado para tecido de mexilhão (Mussel Tissue – 2976), empregando 5 µL da mistura 0,1% (m/v) Pd (NO3)2 + 0,05% (m/v) Mg (NO3)2 em presença de 0,05% (m/v) de Triton X-100 como modificador químico. As temperaturas de pirólise e atomização foram 1000°C e 2200°C, respectivamente. O estudo de massa permitiu a utilização de massas de amostras dentro da faixa de 0,150 a 0,850 mg. Para o cádmio só foi realizada calibração com solução padrão 12,5 µg/L, também com o uso de 5 µL do modificador químico Pd+Mg. Assim, foram alcançadas temperaturas de pirólise de 900 °C e de 1600 °C para a atomização. O estudo de massa precisou ser desenvolvido com uma das amostras coletadas e demonstrou que puderam ser usadas, para as quantificações, massas próximas a 0,250 mg. Os limites de detecção e quantificação foram, nessa ordem, 0,009 mg/kg e 0,03 mg/kg para o chumbo, e 0,0004 e 0,001 mg/kg para o cádmio. No caso dos elementos alumínio, ferro e manganês, as quantificações foram realizadas utilizando a atomização com chama. Os limites de detecção e quantificação foram, respectivamente, 0,15 mg/kg e 0,50 mg/kg para o alumínio, 0,050 mg/kg e 0,15 mg/kg para o ferro, e 0,00067 mg/kg e 0,0023 mg/kg para o manganês. Os resultados para todos os elementos quantificados nesse estudo apresentaram concordância de 95% com o test-t (Student) não pareado, o que valida e viabiliza os métodos desenvolvidos para as quantificações de chumbo e cádmio, bem como comprova a exatidão dos demais resultados obtidos. Portanto, as técnicas analíticas selecionadas foram eficientes para as quantificações dos elementos desejados no resíduo moído desse mexilhão dourado.