Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Amaral, Queila Daiane Fonseca do
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Orientador(a): |
Oliveira, Luís Flávio Souza de
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pampa
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Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado Acadêmico em Ciências Farmaceuticas
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Departamento: |
Campus Uruguaiana
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/5539
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Resumo: |
O Limnoperna fortunei (mexilhão dourado) é um molusco bivalve de água doce, invasor e comfalta de predadores naturais fazendo com que seja considerado um problema ambiental e econômico. Bivalves como o mexilhão dourado, podem ser considerados organismos potenciais para serem usados como bioindicadores, pois são ativos filtradores, estão imóveis, têm ampla distribuição geográfica e capacidade de acumular altas concentrações de contaminantes, inclusive metais pesados. Dessa forma, o presente estudo apresenta como principal contribuição a avaliação do potencial de uso do Limnoperna fortunei como bioindicador de genotoxicidade a metais pesados, mais especificamente ao HgCl2, em ambientes aquáticos, avaliando a resposta de exposição a diferentes concentrações de exposição subaguda e aguda ao metal. Grupos de 50 indivíduos expostos à água contaminada comHgCl2 nas concentrações de 0,001 mg/L, 0,005 mg/L, 0,01 mg/L, 0,02 mg/L e 0,1 mg/L (sendo a concentração de 0,01 mg/L, considerada limite para água residual segundo CONAMA) e foram avaliados durante 7, 15 e 30 dias de exposição; ou após administração injetável (AI) para avaliação aguda no período de 2 horas. A matriz biológica utilizada nos ensaios foi a massa corporal do mexilhão como um todo. Os testes realizados foram ensaios de viabilidade celular, a fim de se avaliar o nível de citotoxicidade e da possibilidade de se seguir com teste genotóxico; teste do cometa alcalino; teste de micronúcleo e avaliação do número de células necróticas. As análises se deram em triplicada e os dados foram tratados pela ANOVA de uma via, complementada com teste de multicomparação de Tukey, aceitando como significativo, p<0,05. Os resultados demonstraram que o mexilhão dourado oferece certa resistência ao dano citotóxico para a exposição subaguda, contudo, demonstrou ser sensível frente à exposição aguda (AI) em todas as concentrações testadas. O teste cometa revelou que a partir das análises do 15o dia começa se observar dano significativo em relação ao controle negativo na maior concentração testada, contudo, no 30o dia, as três maiores concentrações demonstraram causar danos significativos ao DNA. Na avaliação da exposição aguda, todas as concentrações testadas demonstraram ser capazes de induzir danos significativos ás células do mexilhão, sendo, inclusive, superiores aos danos observados para o controle positivo. A contabilização de células com micronúcleo revelou que a exposição do mexilhão dourado às concentrações ensaiadas de HgCl2 não foi capaz de induzir mutagênese. Por fim, a contabilização de células necróticas demonstrou que, em todas as concentrações testadas para a exposição subaguda, houve aumento de processo necrótico, sobretudo, de forma proeminente no grupo exposto à maior concentração. Já para a exposição aguda, apesar de também haver aumento de processo necrótico, não são observadas diferenças entre as quatro maiores concentrações testadas. Tomando os dados conjuntamente, é possível sugerirmos que o mexilhão dourado apresenta potencial para ser considerado como possível bioindicador de genotoxicidade para avaliação da qualidade de ambientes aquáticos, considerando o metal utilizado para os ensaios. Contudo, estudos complementares devem ser realizados para ampliar e confirmar o potencial encontrado no presente estudo, levando em consideração outros agentes toxicantes, reconhecidamente poluentes de corpos d’água. |