Expressão de calreticulina em neoplasias malignas e desordens potencialmente malignas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Palaçon, Mariana Paravani
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/217608
Resumo: Dentre as neoplasias que acometem a cavidade oral, 95% delas são diagnosticadas como carcinoma espinocelular e muitas vezes, estes tumores são precedidos por alterações clínicas que apresentam uma taxa de transformação maligna, chamadas de desordens potencialmente malignas orais (DPMOs). Dentre elas, a mais comum é a leucoplasia oral (LO) que é definida como ‘’uma placa branca de risco questionável definida após a exclusão de outras doenças ou distúrbios conhecidos que mimetizam este aspecto, mas que não carregam nenhum risco conhecido para o câncer’’, e sua taxa de transformação maligna de 0,3 a 13,8%. A leucoplasia verrucosa proliferativa (LVP) é caracterizada por múltiplas placas brancas que apresentam um comportamento clínico persistente e progressivo para malignidade, sendo a sua taxa de transformação maligna de 70%. A calreticulina (CRT) é uma proteína multifuncional que pode apresentar propriedades anti-oncogênicas e oncogênicas. Apesar de seu mecanismo em neoplasias da cavidade oral não ser bem elucidado, existem estudos que mostram que a expressão elevada da CRT está relacionada com um prognóstico desfavorável da doença. Contudo, ainda não existem trabalhos que avaliam a expressão de CRT em DPMOs. Desta forma, o presente trabalho teve como objetivos específicos: (1) realizar uma revisão sistemática da literatura com intuito de avaliar a expressão de CRT e o seu valor prognóstico em pacientes com diferentes tipos de carcinomas; (2) avaliar a expressão imuno-histoquímica de CRT em DMPOs; (3) avaliar a expressão gênica de CRT em DPMOs. Na revisão sistemática foram encontrados 2100 artigos, mas somente 13 estavam dentro dos critérios de inclusão do nosso trabalho. Na meta-análise obtivemos uma diferença estatística significativa em que homens apresentam 2.13 vezes mais chances de apresentar alta expressão de CRT. Na análise imuno-histoquímica foram utilizadas 190 amostras parafinadas adquiridas através de biopsias de pacientes com diagnostico clínico-patológico de LO, LVP, e hiperplasia fibrosa inflamatória (HFI). As amostras foram avaliadas segundo a intensidade de marcação na qual apresentou um aumento na expressão de CRT no grupo LVP em relação ao grupo LO. Na analise da expressão genica da CRT realizou-se por meio da técnica de reação de PCR quantitativo em tempo real. Neste experimento foram utilizados fragmentos de tecidos lesionais congelados de pacientes com diagnóstico clínico-patológico de HFI, LO, LVP no qual revelou uma modulação na expressão de CRT, na qual houve uma redução na expressão no grupo LO quando comparado ao grupo HFI e um aumento da expressão de CRT no grupo LVP quando comparado ao grupo LO. Com os nossos resultados concluímos que há uma superexpressão de CRT na LVP e que este achado pode estar correlacionado com o sua alta taxa de transformação maligna.