Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Armede, Viviane Cristina Bastos [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/135904
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Resumo: |
As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) são um problema de saúde pública de relevância global, e atingem com mais intensidade os países em desenvolvimento. No entanto, quase todas as informações disponíveis sobre incidência e preditores de IRAS procedem de estudos conduzidos em hospitais de ensino e/ou de grande porte. No Brasil, aproximadamente dois terços dos serviços hospitalares tem menos de 50 leitos, sendo classificados como hospitais de pequeno porte (HPP). Estes albergam intensa atividade cirúrgica e obstétrica, embora voltada a procedimentos de baixa complexidade. São portanto ambientes de risco para infecção do sítio cirúrgico (ISC). Nosso estudo foi delineado para abordar a incidência e os determinantes de ISC em pequenos hospitais. Analisamos uma coorte de pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos em três HPP localizados no interior do Estado de São Paulo. Cada cirurgia foi acompanhada presencialmente, sendo registrados dados dos pacientes e dos processos de trabalho. Ao mesmo tempo, foi aplicado checklist de indicadores de contaminação ambiental em centro cirúrgico. Os sujeitos da pesquisa foram acompanhados por um mês com ligações telefônicas para diagnóstico de infecção do sítio cirúrgico (ISC). Modelos de regressão logística foram aplicados para identificar, separadamente, preditores de ISC e a associação de tópicos do checklist com o risco infeccioso em cirurgias. Foi identificada uma incidência agregada de ISC de 8.1% nos hospitais do estudo. Fatores preditores para ISC foram o índice de estado físico da American Society of Anesthesiologists (ASA) maior ou igual a 3 (OR=6,65, IC95%=1,31-33,69, p=0,02), cirurgia contaminada ou infectada (OR=5,33, IC95%=1,19-23,93, p=0,03), realização de tricotomia (OR=4,60, IC95%=1,03-20,55, p=0,04) e inserção de drenos (OR=3,97, IC95%=1,02-15,46, p=0,04). De modo geral, os hospitais tiveram má performance nos tópicos do checklist . No entanto, somente um desses itens (“manuseio de instrumentos estéreis”) apresentou associação estatística com risco de ISC. Concluímos que incidência de ISC em HPP é surpreendentemente alta, e deve ser objeto de políticas preventivas. Por outro lado, o baixo poder preditivo mostra necessidade de aprimoramento do checklist de contaminação ambiental para que esse reflita adequadamente os riscos infecciosos em sala operatória. |