Estética da mercadoria e obsolescência: um estudo da indução ao consumo no capitalismo atual

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Andrade, Vanessa Batista de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/90015
Resumo: Este trabalho tem como objeto de pesquisa a análise das induções objetivas e subjetivas provocadas pelo capital através da manipulação das mercadorias. Ou seja, o objetivo dessa pesquisa foi tentar entender como foram e são utilizadas as medidas estratégicas de aceleração da circulação econômica da mercadoria, em específico: 1. a questão dos caminhos tomados pela publicidade para realçar a estética da mercadoria e impulsionar o consumidor ao mercado, e 2. a questão da taxa de utilização decrescente do valor de uso da mercadoria, que corresponde ao processo de obsolescência dos produtos, gerando a descartabilidade e impulsionando o consumidor a novas aquisições por meio da relação de troca.É nesse processo que se dará então a subsunção das necessidades humanas pelas necessidades de reprodução do capital. É de conhecimento de todos que estudam criticamente o capitalismo que seu processo de produção já inverte esta relação de necessidades. Neste caso, o objetivo da produção capitalista não é o valor de uso, mas o valor de troca. Para atingir seu objetivo de valorização e reprodução, o capital utiliza-se de diversas formas de obsolescência para induzir os homens ao consumo, encurtando assim o ciclo produtivo do capital. Desse modo, norteado pela lógica da lucratividade, seja um vaso de flores ou uma granada de mão, seja na satisfação de necessidades básicas ou na guerra, o capital indistintamente só vislumbra possibilidades de sua reprodução. Fazendo com que sua vida útil seja reduzida, os bens duráveis se desgastam mais rapidamente e o capital tem um aumento artificial na demanda. O que nos chama a atenção para a análise é o fato de que a destruição - do ponto de vista humano - é considerada como fonte de crescimento e reprodução do ponto de vista do capital. Aparecendo constantemente aliado a este fator, temos também a manipulação...