Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Ocampo Ortiz, Pablo Eduardo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/213899
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Resumo: |
As células tronco mesenquimais (MSC) tem se destacado como candidatas ao uso em terapias regenerativas. Porém, foi demonstrado que nem todas as condições clínicas podem ser favorecidas pela presença das MSCs, já que suas propriedades são influenciadas pelas condições do microambiente onde serão aplicadas, que normalmente estão acompanhadas da presença de fatores inflamatórios e isquêmicos. Devido a isto, este estudo teve por objetivo avaliar os efeitos in vitro da adição de DFO e/ou ao IFN- no meio de cultivo de células tronco mesenquimais (MSCs do inglês Mesenchymal Stem Cells) de tecido adiposo canino (cAT-MSCs). Foram utilizadas MSCs originadas de 6 cadelas e pertencentes a um banco celular em terceira passagem. As amostras foram divididas em 4 grupos, controle (MSCs em condições normais de cultivo em meio de manutenção), grupo DFO (50 µmol de DFO no meio de manutenção), grupo IFN- (50 ng/mL de IFN- no meio de manutenção) e grupo IFN-/DFO (50 µmol de DFO e 50 ng/mL IFN- no meio de manutenção). O teste de proliferação foi feito por 144 horas de cultivo e, viabilidade, apoptose e expressão gênica foram avaliadas após 48 horas de cultivo. Na expressão genica foram analisados transcritos relacionados com apoptose (BCL2, CASP8 e CASP9), sobrevivência celular (DKC1, HDAC1 e DNMT1), imunomodulação (HGF, IDO, PGE2 e IL-6), proliferação e diferenciação (FGF2), angiogênese (MMP2 e VEGFA), reguladores do ciclo celular (Cyclin-D1 e TP53) e regulador celular de resposta adaptativa a hipóxia (HIF1-). As cAT-MSCs mostraram durante e ao final do cultivo morfologia fibroblastóide e aderência ao plástico. No entanto, os grupos tratados apresentaram maior distanciamento entre as células aderidas. Após 144 horas de cultivo, todos os grupos tiveram comportamento similar quanto a curva de proliferação celular, com diminuição da concentração nas primeiras 48 horas, seguido por uma fase de manutenção e finalizando com um ligeiro crescimento. A expressão gênica revelou que as cAT-MSCs tratadas com IFN- apresentaram um incremento na expressão do gene pró-apoptótico Casp9 quando comparado com o grupo IFN-/DFO; o gene FGF2 importante para os processos de proliferação e diferenciação celular foi aumentado no grupo IFN- quando comparado aos outros grupos tratados; os genes DKC1 e TP53 envolvidos com a sobrevida celular e supressão tumoral respectivamente, tiveram um incremento no grupo IFN- quando comparado com o grupo DFO; a expressão do gene relacionado com os processos de angiogênese, o VEGFA, foi maior nos grupos onde o DFO foi usado. Concluímos que condicionar as cAT-MSCs com a citocina pro-inflamatória IFN- estimulou um aumento na sobrevivência, proliferação celular e angiogênese mediada por MMP2. Já a mimetização de hipóxia, levou a uma diminuição da expressão de genes relacionados a estas propriedades associadas a um estímulo para a angiogênese dependente de VEGF. Apesar disso, os genes relacionados a imunomodulação não foram influenciados pelas condições de cultivo. Os resultados obtidos indicam que as propriedades de indução da regeneração tecidual foram mais afetadas pelas condições de cultivo, em comparação às propriedades imunomodulados das cAT-MSC. |