Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Brasileiro, Lucas Santiago Gomes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/202198
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Resumo: |
A endometrite é a principal causa de subfertilidade na espécie equina. Essa enfermidade caracteriza-se pelo acúmulo de líquido no interior do útero, influxo de células polimorfonucleares para o lúmen uterino, exacerbada expressão de mediadores pró-inflamatórios e, consequentemente, baixas taxas de fertilidade. Nos mamíferos em geral, logo após o contato do sêmen com o endométrio, ocorre uma resposta inflamatória a fim de eliminar espermatozoides mortos, debris celulares, plasma seminal e micro-organismos que são carreados no momento da cópula/inseminação artificial (IA). As éguas podem ser caracterizadas como resistentes ou susceptíveis a endometrites; aquelas que são resistentes possuem a capacidade de modular a resposta inflamatória uterina até 48 horas após a cobertura/IA, enquanto as susceptíveis não tem essa habilidade. Os tratamentos mais comumente utilizados para a endometrite são as lavagens uterinas, administração de drogas ecbólicas, antibióticos e anti-inflamatórios. Com o avanço de técnicas de terapia celular com capacidade de modular a resposta inflamatória, diferentes tratamentos vêm sendo estudados com resultados promissores no tratamento da endometrite em éguas. Um modulador de resposta inflamatória que vem sendo estudado e se mostra como uma possibilidade terapêutica para o tratamento de éguas com Endometrite Persistente Pós-Cobertura (EPPC) é o meio condicionado de células tronco (MC). Dessa forma, o presente estudo teve por objetivo revisar os fatores relacionados a endometrite em éguas e o desenvolvimento de terapias celulares, em especial as células tronco e o meio condicionado (MC) de células tronco mesenquimais. Foram selecionadas éguas com histórico reprodutivo conhecido, classificadas como susceptíveis a EPPC. Eram realizados acompanhamentos diário por palpação retal e ultrassonografia até o momento da indução da ovulação. As éguas eram inseminadas em ciclos estrais consecutivos. Para o ciclo controle, as éguas não receberam nenhum tratamento pré IA. No ciclo tratado, 30 mL de MC foi infundido no útero das éguas 24 horas antes da IA. No momento da indução da ovulação, 6 horas e 24 horas pós IA foram realizadas coletas de material para exame bacteriológico, citológico e para dosagem das citocinas. Neste trabalho foi possível observar que tanto o crescimento de bactérias como a recuperação embrionária obtiveram resultados similares entre os grupos controle e tratado. No entanto, foi observada uma diminuição significativa na contagem de PMNs na citologia uterina 6 e 24 horas pós-cobertura, no grupo tratado com MC (p< 0,05). No que diz respeito às interleucinas, observamos que para a IL-10 não houve diferenças entre os grupos controle e tratado ao longo dos tempos. Porém, o grupo controle apresentou um aumento numérico após inseminação - fato que não ocorreu no grupo tratado. Para o TNF-α também não houve diferenças entre os grupos, mas observou-se um decréscimo numérico nos tempos 6 e 24 horas no grupo tratado. No que se refere a IL-6, foi observada a diferença entre os grupos. No grupo controle houve diminuição nos tempos 6 e 24 horas em comparação ao tempo 0 hora - o que não ocorreu no grupo tratado. Com isso, podemos concluir que o MC foi efetivo na modulação da resposta inflamatória em éguas susceptíveis a EPPC. |