Equações estruturais aplicadas ao entendimento da dinâmica do carbono do solo em sistemas agroflorestais no cerrado brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Carvalho, Jaqueline Bonfim de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
AEE
EAA
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191122
Resumo: O bioma Cerrado tem sofrido modificações nas últimas décadas, perdendo parte de sua cobertura original para culturas anuais, pastagens e florestas plantadas, tendo diferentes usos da terra. Neste trabalho, foram estudadas as interações entre os diferentes usos da terra em áreas do bioma Cerrado, bem como da dinâmica de carbono no solo e os fatores latentes formados pelos atributos físicos e químicos do solo, por meio de modelos de análise de equações estruturais, com auxílio das técnicas estatísticas multivariadas. Ensaios experimentais foram conduzidos na Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão (FEPE/UNESP), localizada em Selvíria-MS: Floresta plantada de Eucalipto - Eucalyptus camaldulensis (EU); Floresta plantada de Pinus - Pinus caribaea var. hondurensis (PI); Sistema silvipastoril (SI) com uma área contendo floresta plantada de Aroeira (Myracrodruon urundeuva) e capim Braquiária (Brachiaria decumbens, e Mata Nativa (MN). Foi estudado os efeitos dos atributos físicos: densidade do solo (Ds), macroporosidade (Ma), microporosidade (Mi) e químicos com ênfase especial nas propriedades relacionadas à dinâmica do carbono no solo: matéria orgânica do solo (MO), estoque de carbono do solo (EstC), estoque de nitrogênio do solo (EstN), relação carbono e nitrogênio (C/N) e o grau de humificação da matéria orgânica do solo (HLIFS). A emissão de CO2 do solo (FCO2), umidade e temperatura do solo foram avaliados nas áreas durante três períodos distintos (definidos a partir do regime hídrico observado nas áreas) denominados de P1, P2 e P3, período de chuva, período de seca e transição, respectivamente, entre os meses de março e outubro do ano 2017. Diferenças significativas entre as médias (P <0,05) foram observadas em que no período de chuva houve maior emissão de CO2 nas áreas agrícolas, com maior média de FCO2 na MN com 5,89 μmol m-2 s-1. A análise de equação estrutural indicou que o HLIFS, MO e Ds, influenciaram negativamente a emissão de CO2 no P1 e P3. Para Ca2+, Mg2+ e P houve significância positiva para todos os períodos estudados. O uso da terra que apresentou os melhores resultados foi o SI, pois apresentou EstC semelhante a área de MN, com 21,35 Mg ha-1 e 21,57 Mg ha-1 respectivamente, porém menor FCO2 que a MN, se mostrando um sistema agroflorestal viável para manutenção de carbono no solo e menor emissão de FCO2 para atmosfera.