Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Corrêa, Brenda Bogatzky Ribeiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41134/tde-30112020-015901/
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Resumo: |
Mudanças no uso e cobertura do solo são os principais fatores de pressão sobre os ecossistemas naturais, interferindo em processos e funções ecológicas que acabam por diminuir a oferta de serviços ecossistêmicos. O sequestro e estoque de carbono atmosférico são considerados serviços ecossistêmicos de regulação do clima, uma vez que têm o potencial de mitigar os efeitos das mudanças climáticas globais. Apesar das florestas tropicais, incluindo o Cerrado, serem reconhecidos como sumidouros naturais de gás carbônico, o desmatamento e a degradação ainda ocorrem em grande escala. Entender a contribuição oferecida pelas florestas nativas presentes no domínio Cerrado para o serviço de regulação climática por meio do estoque de carbono é fundamental para a construção de planejamento territorial e formulação de políticas públicas. Assim, o objetivo deste estudo foi estimar, por meio da biomassa acima do solo, o estoque de carbono em paisagens dentro do domínio Cerrado no estado de São Paulo que apresentavam um gradiente de cobertura composto por fisionomias florestal (Cerradão ou ecótono Cerradão/Floresta Estacional Semidecidual) e campestre (campos antrópicos e pastagens). Foram selecionadas 10 bacias hidrográficas que representavam o gradiente entre 10 e 100% de fisionomia florestal e a biomassa foi quantificada para as duas fisionomias. Foram avaliadas possíveis influências da estrutura, porte e composição florística do estrato arbóreo florestal sobre os resultados, bem como foi identificado o limiar de cobertura florestal em função do gradiente estabelecido. Os resultados mostraram que as florestas possuem um potencial de estoque de carbono muito superior aos campos, mesmo quando ocupando pequenas áreas na paisagem, com potencial de estoque quase 7 vezes superior. Foi demonstrado que o aumento da porcentagem de cobertura do solo por florestas implicou em um incremento linear do estoque de carbono relativo às bacias. Além da representatividade de cobertura florestal, a estrutura, o porte e a composição das florestas influenciaram seu potencial de estoque de carbono. Os resultados obtidos sugerem que mesmo pequenas extensões florestais podem ter uma contribuição relevante para o potencial de estoque de carbono, enquanto fragmentos de grandes extensões, mas desestruturados, podem apresentar contribuição abaixo de seu potencial. Foi identificado o limiar de perda de florestas na faixa de 20,3% (± 18,9%) de cobertura florestal, ou seja, a partir do qual as perdas de estoque de carbono seriam mais acentuadas e a oferta do serviço poderia estar comprometida. |