Níveis de proteínas de fase aguda em equinos expostos à sobrecarga de carboidratos associada à alcalinização cecal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rabelo, Isabela Peixoto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191291
Resumo: Avanços acerca da fisiopatologia da laminite equina permitiram imputar como fator primário e deflagrador dos estágios iniciais dessa doença, a ativação da cascata inflamatória. Sabe-se que equinos submetidos à sobrecarga de carboidratos, podem desenvolver laminite e que essa afecção se dá por mudanças na microbiota do trato gastrintestinal. A laminite induz alterações sistêmicas que repercutem nos valores de proteínas de fase aguda (PFA). Com este estudo, buscou-se encontrar uma associação entre os valores dessas proteínas com a evolução dos sinais clínicos de equinos expostos à sobrecarga de carboidrato (amido de milho na dose de 17,6 g/kg de peso vivo, diluído em água na proporção de um quilo/litro, fornecido via sondagem nasogástrica) e tratados com solução tampão intracecal (composto contendo 3,5 g de hidróxido de alumínio, 65,6 g de hidróxido de magnésio e 1,2 g de simeticona, diluído em água destilada em volume equivalente à metade do volume administrado via sondagem nasogástrica). Dez equinos hígidos foram divididos de maneira aleatória e fatorial (2x2), em quatro grupos (n=5): controle (GCC), controle + tratamento (GCT), laminite (GAC), laminite + tratamento (GAT). Os animais do GCC e GAC integraram, respectivamente, GAT e GCT, respeitando um intervalo de 15 dias entre o procedimento experimental. Eles foram avaliados durante sete momentos (T0h, T4h, T8h, T12h, T24h, T48h, T72h), nos quais também foram coletadas amostras de sangue venoso para obtenção do soro e realização do proteinograma. As concentrações séricas de proteínas totais e albumina foram determinadas por colorimetria e as demais PFA através de eletroforese em gel de poliacrilamida, contendo dodecil sulfato de sódio (SDS-PAGE) e kits comerciais de ELISA. Os valores referentes às concentrações séricas das proteínas foram submetidos à análise de variância (ANOVA de duas vias) e, quando p<0,05, ao teste de Tukey. Para avaliar o grau de relação entre valores de proteínas e parâmetros clínicos, utilizou-se do coeficiente de Pearson. 40% dos animais desenvolveram laminite clínica (10% do GAC e 30% do GAT). Não houve diferença entre os grupos para os valores de proteínas totais, albumina, amiloide A sérica e proteína C reativa (p>0,05). A transferrina, considerada uma PFA negativa, apresentou padrão de resposta positiva em GAC e GAT. Os valores de ceruloplasmina e α-1-glicoproteína ácida apresentaram correlação com a maioria dos parâmetros fisiológicos avaliados. Essas duas proteínas, juntamente com a haptoglobina e α-1-antitripsina se elevaram consideravelmente no GAT, sugerindo maior ativação da resposta inflamatória nos animais desse grupo, quando comparado aos demais. As alterações dos parâmetros clínicos também foram mais evidentes no GAT, corroborando os achados do proteinograma.