Análise biomecânica dos músculos do core em praticantes de diferentes modalidades de treinamento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Carlos, Lucas Caetano [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/141932
Resumo: O Colégio Americano de Ciências do Esporte, descreve a importância do treinamento do core para melhorar a estabilidade da coluna e prevenir lesões. Alguns exercícios são utilizados visando uma maior ativação desses músculos a fim de obter tais benefícios. No entanto pouco se encontra na literatura sobre os efeitos crônicos de diferentes práticas corporais focadas nesse grupamento muscular. Portanto, essa dissertação teve como objetivo analisar parâmetros biomecânicos relacionados aos músculos do core em indivíduos com experiência em diferentes tipos de treinamentos. As coletas foram realizadas em 32 participantes do sexo feminino com idade entre 18 e 30 anos, e pelo menos 6 meses de experiência nas modalidades Crossfit (GCF), Pilates (GP) e Musculação (M). O grupo controle foi composto por sedentárias (GS). As participantes realizaram dois experimentos: O primeiro consistiu em testes de funcionalidade (FMS e Squat test), flexibilidade (Banco de Wells) e resistência (Sorensen e prancha Lateral) para os músculos do tronco. Já o segundo, em avaliações no dinamômetro isocinético, sendo os testes de contração isométrica voluntária máxima (CIVM) para flexão e extensão do tronco, a fim de obter valores para normalização e Taxa de desenvolvimento de torque (TDT), manutenção de força e senso de força e senso de posição, juntamente com a eletromiografia (EMG) dos músculos (Reto do abdômen, obliquo interno/transverso do abdômen, obliquo externo, longuíssimo do tórax e multífido). Resultados: Para o teste de resistência, o GP obteve desempenho superior para os testes de Sorensen e Prancha lateral em relação ao GS, enquanto o GCF apresentou desempenho melhor que o grupo controle apenas em Prancha lateral. No teste FMS, os grupos que realizavam algum treinamento estão com valores dentro da normalidade, apenas GS encontra-se abaixo do recomendado, já para o Squat test o GM e GCF apresentaram valores significantemente maiores quando comparados ao GS. Valores de flexibilidade para o GP, GM e GCF foram superiores ao Sedentário. No segundo experimento, o GCF foi significantemente superior a todos os grupos na maioria dos valores de TDT. Para os dados eletromiográficos, destacamos a cocontração, onde encontramos um aumento significante da ativação do Obliquo interno/transverso do abdômen em situação de fadiga, no GP, diferente dos demais grupos. Todas as medidas proprioceptivas não apresentaram diferenças significante entre os grupos. Discussão: Podemos observar que as principais diferenças foram em favor das práticas específicas para o core, sendo o GP que apresentou a melhor resistência dos extensores e flexores, bem como a capacidade de cocontrair em situações de fadiga, algo usualmente instruído durante as sessões de treinamento. Já o GCF, apresenta valores superiores para resistência dos flexores e uma capacidade superior na TDT, tanto para flexão quanto extensão da coluna, específico de exercícios balísticos realizados na modalidade. Conclusão: Ambas as práticas específicas apresentam resultados iguais ou superiores a práticas não específicas, destacando a resistência e a capacidade de cocontração no Pilates e a resistência e a taxa de desenvolvimento de torque para o Crossfit.