Exercícios do Método Pilates com inversão no sentido do torque de resistência : efeitos na variabilidade da pelve e ativação muscular do tronco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Souza, Catiane
Orientador(a): Loss, Jefferson Fagundes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/200577
Resumo: Apesar do crescente número de pesquisas sobre o Método Pilates, os efeitos da carga externa e de suas variações na atividade eletromiográfica do tronco, e em sua variabilidade ainda não estão claros. A proposta do presente estudo foi avaliar os efeitos de inversões no sentido do torque de resistência na ativação do Power House e na variabilidade da pelve durante execução de exercícios do Método Pilates. Foram avaliados 26 praticantes experientes (33,3 ± 7,9 anos; 64,9 ± 9,7 Kg; 1,66 ± 0,86 m e 6,8 ± 3,6 anos de prática) realizando 9 exercícios em 2 situações: com inversão no sentido do torque de resistência (CI) e sem inversão (SI). Foram testadas a ativação eletromiográfica dos músculos reto abdominal (RA), oblíquo interno (OI), oblíquo externo (OE), multífido (MU), longuíssimo (LG), e iliocostal (IL). A variabilidade da pelve foi avaliada por cinemetria, estimada em três movimentos (ante-retroversão, inclinação lateral e rotação). A normalidade dos dados foi rejeitada pelo teste de Shapiro-Wilk. Utilizou-se múltiplos testes de Wilcoxon para comparar as situações SI e CI em cada músculo e em cada movimento da pelve. Uma vez que todos apresentaram diferença o restante da análise seguiu separando os dados SI dos CI, de forma que foram realizadas múltiplas ANOVAs de Friedman. Quando houve, para análise das diferenças entre os níveis, foram utilizados testes post hoc de comparação aos pares pelo teste de Wilcoxon, com correção de Bonferroni. Foi adotado α=0,05. Para todos os movimentos, ante-retroversão, inclinação e rotação, a variabilidade da pelve foi mais alta na situação SI do que na situação CI apresentando baixo tamanho de efeito [(T = 7973,50; p < 0,05; r = 0,13), (T = 7911,00 p < 0,05; r = 0,13) e (T = 5823,50; p < 0,001; r = 0,25)], respectivamente. Da mesma forma, para todos os músculos a ativação foi mais alta na situação SI. O OE apresentou grande tamanho de efeito (T = 212,00; p < 0,001; r = 0,60), já os músculos IL, RA e LG apresentaram moderado tamanho de efeito [(T = 1376,50; p < 0,001; r = 0,55), (T = 2099,50; p < 0,001; r = 0,52) e (T = 5215,50; p < 0,001; r = 0,38)], respectivamente. Por fim, o OI e o MU apresentaram baixo tamanho de efeito [(T = 7526,00; p < 0,001; r = 0,28) e (T = 9723,00; p < 0,001; r = 0,18)], respectivamente. A partir dos resultados, pode--se concluir que o torque de inversão gera menor ativação nos músculos do core e menor variabilidade da pelve, de forma que maiores valores de torque resistivo impostos ao esqueleto apendicular geram maior ativação nos músculos do core e maior variabilidade da pelve do que um torque menor, mesmo quando este apresenta inversão em seu sentido.