Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Dias, Victor Hugo Scanavachi [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/213704
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Resumo: |
O presente trabalho visou registrar e descrever o falar fronteiriço entre São Paulo e Minas Gerais, no que tange às atividades agropastoris. Neste sentido, analisamos a variação semântico- lexical de quatro cidades localizadas nas fronteiras de ambos os estados – Espírito Santo do Pinhal (SP), Jacutinga (MG), Poços de Caldas (MG) e São João da Boa Vista (SP) – a fim de verificar as semelhanças ou diferenças no léxico dos falantes em cada comunidade de fala. Foram coletados dados de 32 informantes, estratificados por sexo (masculino e feminino), faixa etária (A – 18 a 30 anos e B – 50 a 65 anos) e escolaridade (1 – ensino fundamental e 2 – curso superior), sendo oito de cada cidade. O trabalho se fundamenta na Sociolinguística Variacionista (LABOV, 2008 [1972], 1994; CAMACHO, 2000) e na Dialetologia (FERREIRA; CARDOSO, 1994; THUN, 2000, 2005) e tem como metodologia o processo descrito no Atlas Linguístico do Brasil-ALiB (2014) e a elaboração e aplicação de um índice de urbanização, a fim de ordenar as cidades deste estudo com base nesse critério de urbanização. Primeiramente, aplicamos questionário semântico-lexical (QSL) que possui 25 perguntas da área semântica de atividades agropastoris, formulado pelo Comitê Nacional do Projeto ALiB. Como resultado, a aplicação das 25 perguntas registrou 17 casos de variação, cinco de uso categórico e três perguntas registraram abstenção total. Analisando as respostas, identificamos que o grau de urbanização da cidade foi a variável que mais influenciou no fenômeno de variação, seguido da variável social idade, registrando-se maior variedade lexical na fala de informantes mais velhos, e por último a variável escolaridade, demonstrando maior variação nas respostas de informantes que possuem apenas o ensino básico. Foi possível fazer direta relação entre o índice de abstenção e o grau de urbanização das cidades, já que a maior variedade lexical está ligada às cidades menores e menos urbanas, enquanto a abstenção aumenta conforme aumenta a urbanização da cidade. Com isto, por conta da quantidade de variantes presentes na fala dos informantes, concluímos que o léxico referente às atividades agropastoris das duas cidades com menor urbanização é diferente daquele utilizado nas duas cidades mais urbanizadas. Pudemos demonstrar que estas diferenças são ocasionadas por motivações sociais tal como idade, escolaridade e o meio ambiente em que vivem os informantes, fatores extralinguísticos que são constituídos pela influência do estilo de vida rural ou urbano dessas comunidades. |