Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Maria Fernanda Celli de [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/214941
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Resumo: |
Partindo do pressuposto de que a sexualidade é intrínseca ao ser humano, compreendemos que a Educação Sexual deve ser parte imprescindível no processo de desenvolvimento integral de todos(as), desde a mais tenra idade. Os constantes equívocos, preconceitos e tabus que ainda permeiam a sociedade contemporânea tendem a resultar em consequências negativas que podem interferir diretamente na formação da criança. Neste sentido, a presente pesquisa teve como objetivo, analisar o habitus de professores(as), psicóloga escolar, diretora administrativa, mães e pediatras no que se refere à sexualidade e gênero e as possíveis interferências e contribuições que a suposta relação entre as instâncias, família, escola e pediatria pode vir a trazer à Educação Sexual de crianças em fase de Educação Infantil, assistidas por eles(as), enquanto alunos(as), filhos(as) ou pacientes. A investigação apoiou-se no referencial teórico desenvolvido por Pierre Bourdieu e sua equipe e, com base nos conceitos de habitus, capital cultural, capital social, capital econômico, herança cultural e gênero, foi elaborada uma entrevista semiestruturada, realizada individualmente com os(as) dezesseis colaboradores(as) e, posteriormente, analisada por meio do método praxiológico, também desenvolvido pelo sociólogo francês, que nos permitiu compreender na práxis, a complexidade das relações sociais estabelecidas entre os(as) agentes participantes da investigação, materializada na estruturação e reestruturação do habitus, no que tange à Educação Sexual. É importante salientar ainda que a pesquisa foi realizada em uma cidade de grande porte do interior paulista e contou com a participação de uma Escola Modelo de Educação Infantil e de uma Unidade Básica de Saúde (UBDS), ambas pertencentes ao mesmo bairro da camada popular do município. A investigação identificou um cenário desafiador, no qual o despreparo e desconhecimento mostraram-se como mediadores da Educação Sexual destinada às crianças atendidas pelos(as) representantes das instâncias que aqui foram analisadas, evidenciando uma relação de transmissão de responsabilização, proveniente de todos os âmbitos. O estudo elaborado tem a pretensão de favorecer a promoção de uma efetiva reflexão e discussão acerca da importância de uma Educação Sexual inserida no contexto escolar, de maneira adequada e substancial, partindo do pressuposto de que é essencial compreender e valorizar a sexualidade infantil, visando contribuir de maneira significativa para o desenvolvimento integral da criança e a proteção da infância. |