Evolução de pacientes clínicos e cirúrgicos com injúria renal aguda

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Bucuvic, Edwa Maria [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/92153
Resumo: A Injúria Renal Aguda (IRA) é uma patologia complexa, de etiologias múltiplas e variáveis, sem consenso em sua definição, apresentando uma alta mortalidade e aumento de incidência nas últimas décadas. Este trabalho tem como objetivo avaliar a evolução de pacientes com IRA por Necrose Tubular Aguda internados em enfermarias clínica e cirúrgica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP . Trata-se de estudo coorte retrospectivo, onde foram avaliados 477 pacientes maiores de 18 anos, sendo 278 provenientes da enfermaria de clínica médica (Grupo Clínica Médica: GCM) e 199 da enfermaria de gastroenterologia cirúrgica (Grupo Gastro-Cirurgia: GGC), no período de janeiro de 2001 a dezembro de 2008. IRA foi definida de acordo com os valores de creatinina sérica, conforme proposto pelo Acute Kidney Injury Network (AKIN). A média de idade da população estudada foi de 65,5 ± 16,2 com predomínio de homens (62%) e com idade > 60 anos (65,2%). Diabetes mellitus (DM) ocorreu em 61,9%, hipertensão arterial (HA) em 44,4% e doença renal crônica em 21,9%. Os grupos estudados foram semelhantes em diversas características clínicas e laboratoriais. Óbito ocorreu em 58% no GCM e 75,4% no GGC (p=0,0002). Após análise multivariada, foram variáveis associadas ao óbito a necessidade de diálise, internação em UTI, idade > 60 anos e tempo de acompanhamento nefrológico. No GCM a internação em UTI e a necessidade de diálise estiveram associadas ao óbito, o mesmo ocorrendo, no GGC, em relação à necessidade de diálise, presença de sepse, creatinina sérica basal e tempo de acompanhamento nefrológico. Não houve diferença na recuperação renal entre os sobreviventes de ambos os grupos, mas a sobrevida do GCM foi maior que do GGC. Como conclusões, este trabalho mostra que a evolução dos pacientes com IRA provenientes de enfermarias clínica...