Caracterização da interação dos flavonoides Hesperidina e Hesperetina com a proteína M2-1 do vírus sincicial respiratório humano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Piva, Hêmily Mutti Ruiz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181924
Resumo: O Vírus Sincicial Respiratório humano (hRSV) é considerado o agente mais frequente de infecções respiratórias agudas em lactentes e crianças, levando a quadros de pneumonia e bronquiolite. Trata-se de um vírus envelopado, da família Pneumoviridae, cujo genoma de RNA de fita simples contém 10 genes que codificam 11 proteínas. Dentre as proteínas do hRSV encontra-se a M2-1, um importante fator de antiterminação transcricional que previne a dissociação prematura do complexo da polimerase. Esse fato faz dessa proteína um alvo em potencial para desenvolvimento de inibidores da replicação viral. Neste quesito, os flavonoides constituem ampla classe de compostos fenólicos naturalmente encontrados nas plantas e, entre suas atividades biológicas, está a ação antiviral. O presente trabalho consistiu no estudo da interação da proteína M2-1 tetramérica com os flavonoides hesperidina e hesperetina (forma aglicona) utilizando técnicas espectroscópicas de STD-RMN e fluorescência em associação com ferramentas computacionais de docking molecular. Os experimentos de fluorescência mostraram constantes de afinidade da ordem de 103 M-1 para o complexo M2-1/hesperidina e da ordem de 104 M-1 para o complexo M2-1/hesperetina, com um ligante por unidade monomérica e preferência de ligação pela hesperetina. As análises termodinâmicas revelaram que os processos são espontâneos (ΔG<0) e exotérmicos (ΔH<0), com a interação M2-1-hesperidina sendo dirigida por interações eletrostáticas, e a interação M2-1-hesperetina guiada por ligações de hidrogênio. As análises de STD-RMN mostraram resíduos de aminoácidos bem como átomos dos ligantes envolvidos nas interações proteína-flavonoides. A abordagem teórica reforçou os dados experimentais e mostrou preferência de ligação dos flavonoides por regiões da proteína próximas ao domínio de dedo de zinco, região vital para a estabilização do tetrâmero e função da proteína M2-1.