Vírgulas em esquema duplo em textos do nono ano do EFII: aspectos sintáticos e prosódicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Paiva, Nayra Cristina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204534
Resumo: Esta dissertação teve por objetivo descrever e analisar os usos convencionais e não convencionais da vírgula em esquema duplo, quando há o emprego da vírgula tanto na fronteira direita quanto na fronteira esquerda da estrutura sintática mobilizada. Para a realização desta pesquisa, selecionamos textos argumentativos do Banco de Dados de Produções Escritas do Ensino Fundamental II, produzidos por alunos de 13-14 anos. A descrição e análise dos dados foram feitas a partir da identificação da estrutura sintática passível de ser delimitada por vírgulas, com base em gramáticas de referências. Em seguida, foram identificadas as fronteiras prosódicas das estruturas. Para fundamentar esta etapa da pesquisa, nos respaldamos no modelo relation-based da Fonologia Prosódica. Assumimos a premissa de que as fronteiras de constituintes prosódicos são relevantes para caracterizar as presenças e ausências da vírgula em esquema duplo. Duas estruturas sintáticas se mostraram relevantes para os usos e não usos da vírgula em esquema duplo: estruturas deslocadas e encaixadas. A partir da identificação das estruturas sintáticas, identificamos características comuns a esses usos da vírgula em esquema duplo em textos argumentativos. No que se refere às estruturas sintáticas: (i) as deslocadas são as mais recorrentes nos textos dos alunos, mas, também, se revelou a mais problemática, pois há maior ausência das vírgulas do que em encaixadas; (ii) o uso convencional tende a ser 3 vezes mais recorrente em estruturas encaixadas do que em deslocadas; (iii) as estruturas sintáticas deslocadas são as mais significativas para os usos não convencional e ausências não convencional. No que se refere às estruturas prosódicas: (i) a estrutura prosódica, assim como a estrutura sintática, interfere nos usos da vírgula em esquema duplo; (ii) quando há coincidência da fronteira de frase entoacional com as fronteiras prosódicas há mais usos convencionais; (iii) ausência de fronteira de I levou à ausência de vírgulas nas fronteiras sintáticas onde vírgulas estão previstas e (iv) os resultados estatísticos amparam efeito positivo de uso da vírgula quando for relativamente mais longa a extensão da estrutura sintática.