Avaliação do gradiente de pressão utilizado na ventilação mecânica invasiva em pacientes com insuficiência respiratória hipoxêmica aguda internados na UTI Pediátrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu: análise retrospectiva de 5 anos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Ananias, Felipe Conceição
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/215917
Resumo: Introdução: A insuficiência respiratória aguda (IRA) é a principal causa de internação em Unidades de Terapia Intensiva Pediátricas (UTIP). Caracteriza-se pela incapacidade do sistema respiratório em atender as demandas metabólicas do organismo. O tratamento convencional da IRA hipoxêmica envolve dentre outras medidas instituição de assistência respiratória, particularmente nos casos mais graves. A Ventilação Mecânica (VM) ocupa posição de destaque, desde que é capaz de modificar a evolução da doença e reduzir a mortalidade. A assistência respiratória, no entanto, pode ser causa de lesão pulmonar quando realizado de forma agressiva. O conceito de ventilação protetora surge com objetivo de reduzir os efeitos negativos da ventilação mecânica e, consequentemente, garantir melhor evolução dos pacientes. Em pediatria, embora não haja consenso sobre melhor modo ventilatório, grande parte dos pacientes são ventilados a modos controlados a pressão. Utiliza-se então o conceito de gradiente de pressão. Estudos na faixa etária pediátrica são escassos quanto a esse conceito. Objetivos: Descrever o gradiente médio de pressão utilizado nas primeiras 48 horas de VM em pacientes pediátricos com diagnóstico de IRA hipoxêmica internados na UTI-Pediátrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, correlacionando-o com a mortalidade. Descrever a mortalidade por IRA hipoxêmica na referida Unidade. Resultados: Foram incluídos 162 pacientes com insuficiência respiratória aguda hipoxêmica em ventilação mecânica em modo com pressão controlada. Dentre as variáveis analisadas, idade e sexo apresentaram associação significante com mortalidade. Idade mais avançada [(OR 1,02; IC 95% (1,002-1,037) p<0,05] e sexo masculino [OR 0,065; IC 95% (0,005-0,793); p<0,05] apresentaram correlação com a mortalidade. A idade média dos pacientes que evoluíram para óbito foi de 54,8 meses (aproximadamente 4 anos e 6 meses). Com relação ao sexo, 9 pacientes (81,82%) dos 11 que evoluíram para óbito eram do sexo masculino. As demais variáveis analisadas não apresentaram correlação significante com mortalidade. Conclusão: Não há correlação entre o gradiente de pressão e mortalidade. Existe maior mortalidade dos pacientes do sexo masculino e de maior idade com diagnóstico de IRA hipoxêmica aguda.