Aspectos cognitivos, emocionais e qualidade de vida de pacientes renais crônicos e estratégias de enfrentamento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Ribas, Maria Fernanda Assis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193625
Resumo: A hemodiálise (HD) é um método de Terapia Renal Substitutiva, que oferece melhora na sobrevida, entretanto, proporciona uma rotina rígida e impõe ao indivíduo limitações que afetam os aspectos biológicos, psicológicos e sociais, com uma ruptura em seu estilo de vida. Os pacientes com Doença Renal Crônica (DRC) apresentam alto risco de Transtorno Neurocognitivo Leve (TNL) que pode estar associado ao um quadro depressivo e afetar diretamente a percepção da qualidade de vida. Nesse sentido, o presente estudo teve como objetivo avaliar o funcionamento cognitivo, emocional e a qualidade de vida de pacientes com DRC em hemodiálise, bem como suas estratégias de enfrentamento. O estudo investigou, ainda, as associações das características sociodemográficas e clínicas dos indivíduos avaliados, com relação a TNL no que concerne aos sintomas de depressão e ansiedade, qualidade de vida e estratégias de enfrentamento. Participaram do estudo 59 pacientes de ambos os sexos, com idade de 20 a 65 anos, que realizavam HD no centro de terapia renal substitutiva de um Hospital Geral localizando no interior do estado de São Paulo. Tratou-se de um estudo de corte transversal em uma amostra por conveniência. Os dados foram coletados por meio de instrumentos que avaliaram as funções cognitivas, qualidade de vida, sintomas depressivos e ansiedade, e um inventário de estratégia de enfrentamento. A média etária dos pacientes foi M= 47,38 (± 12,34) anos e a média de anos de estudos foi M= 9,25 (± 3,59) anos. O estudo indicou alta prevalência de TNL (64,4%) mesmo em pacientes não idosos e com escolaridade mais baixa. O TNL esteve associado à baixa escolaridade (p= 0,022), sintomas de ansiedade (p= <0,001) e sintomas de depressão (p= <0,001). Além disso, ter menor escolaridade, sintomas de ansiedade e de depressão foram preditores de TNL. No entanto, o TNL não se associou à piora da qualidade de vida, embora, outras variáveis como depressão, ansiedade, sexo e idade se associaram com a qualidade de vida. E as estratégias de enfrentamento de pacientes com TNL associadas com a qualidade de vida foram piores do que de pacientes sem TNL.