Gerações, elitismo e identidades esvaziadas: uma etnografia das lutas identitárias entre os góticos em São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Delgado, Douglas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/154137
Resumo: A presente etnografia destina-se a uma investigação das lutas identitárias entre os góticos na cidade de São Paulo, com o foco na compreensão das criações culturais no cerne das disputas simbólicas Neste sentido, o objetivo da pesquisa é investigar as relações de sociabilidade e os processos culturais na contemporaneidade, envolvendo os sentidos atribuídos às relações e ao espaço material da cidade por meio das interações e das práticas culturais, no contexto do agrupamento dos góticos na metrópole paulistana. Entendendo assim, “cidade” enquanto um sistema cultural responsável por colocar atores sociais culturalmente heterogêneos em contato, tornando a “cidade viva”, processual e contextual. A etnografia baseia-se nas chaves analíticas da antropologia da cidade, mobilizando os conceitos de “citadino”, “situação”, “rede”, “fronteiras” e “lugares”, observando as interações de góticos nos espaços de sociabilidade. “Geração”, “moral” e “consumo” são os principais marcadores identitários agenciados nos processos de interação entre os góticos, atribuindo sentidos às relações de “proximidade” e “distância” às experiências urbanas dos góticos em São Paulo. As lutas identitárias revelam uma relação nostálgica com o espaço urbano, fundamental para “ser gótico” na década de 1990 e que atualmente se expressa com novos sentidos, agenciados pelos góticos da nova geração, estabelecendo uma relação estratégica com o uso dos espaços da cidade, por meio de encontros organizados no ciberespaço, abrindo as fronteiras de identificação com o gótico e levantando as questões a respeito da diversidade e da representatividade; também foi identificada uma relação de resistência, na qual se defendem “sentidos do consumo” representativos da “identidade gótica”, relacionada como um processo de “esvaziamento”, e expressa nas práticas de consumo e na apropriação do espaço urbano. Por meio do processo de disputas identitárias, os góticos criam uma cultura urbana gótica de São Paulo, que atribui sentido à cidade gótica.