Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Cintra, Agnes Teresa Colturato [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/102396
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Resumo: |
Esta tese objetiva apresentar a “outra história” que aflora à obra ficcional de José Saramago e que expõe, de forma intermitente, as diretrizes do seu processo de criação. O texto é visto como construção progressiva de um universo fictício em processo de contínua auto-avaliação e em constante re-elaboração. Integrantes de um fio discursivo coerente, questões específicas sobre o gênero romance e a sua criação, dispersas no todo da obra romanesca do escritor, são reveladoras das linhas mestras que regem a sua poética ficcional. Numa sintaxe coerente que associa explícitos comentários aos contornos alegóricos conferidos às ações das personagens, os romances de Saramago expõem a própria construção, tanto do ponto de vista do seu projeto, como do ponto de vista da avaliação autocrítica do mesmo. A adoção do método comparativo de trabalho sustenta a análise descritiva e interpretativa de obras representativas de momentos decisivos do percurso ficcional do escritor que oferecem patamares eficazes de observação do “caminho já andado” e “do que falta a percorrer” (SARAMAGO, 1983, p. 256). A autoconsciência escritural instaurada no Manual de pintura e caligrafia, romance que re-introduz Saramago no gênero em 1977, se configura como um processo discursivo que marca singularmente a produção posterior, pela “carta de rumos” que lhe oferece, sistematizando-a e conferindo-lhe unidade. Observados em sua duração e constância, os caminhos apontados no manual estético de 1977 se fundem num conjunto que possibilita compreender o caráter singular do ficcionista. Emolduradas pelo questionamento fundamental da representação do real, que emerge do diálogo estabelecido entre caligrafia e pintura, questões sobre os procedimentos narrativos e discursivos adotados afloram em alguns romances que as polarizam: a interface entre Levantado do chão... |