Desenvolvimento de Euschistus heros (Hemiptera: Pentatomidae) em ambiente enriquecido com CO2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Dorneles Junior, Joáz [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150033
Resumo: O crescente aumento da liberação de dióxido de carbono (CO2) atmosférico, por meio de processos antrópicos, vem comprometendo a manutenção do equilíbrio dos gases atmosféricos, desencadeando alterações no planeta, tais como o aumento de temperatura global, alterações no índice pluviométrico e aumento do nível do mar, consecutivamente, nas plantas cultivadas e as previsões indicam que este processo não será revertido. As plantas cultivadas são a principal fonte alimentar do homem, e neste contexto a soja é uma das culturas mais plantada no mundo. O Brasil é o segundo maior produtor de soja no mundo e para manter a alta produtividade da soja, e evitar perdas na produção é necessário adotar o controle do percevejo Euschistus heros (Hemiptera: Pentatomidae), uma das principais pragas da cultura. Sabe-se que o CO2 estimula a produção de fotoassimilados nas plantas e consequentemente afeta as populações de insetos de importância agrícola, pelo favorecimento da herbivoria. No entanto, pesquisas visando a avaliação do impacto causado pelo aumento da concentração de CO2 nos insetos de importância econômica são escassas. Dessa forma, o objetivo do trabalho foi estudar a interferência do CO2 no desenvolvimento do percevejo E. heros. O projeto foi realizado no Laboratório de Entomologia e Fitopatologia da Embrapa Meio Ambiente em Jaguariúna/SP. O experimento foi conduzido em câmara climática do tipo Fitotron e B.O.D. Os insetos foram acondicionados em câmaras climatizadas nas concentrações de 400±100 partes por milhão (ppm) (Fitotron) e de 900±100 ppm (B.O.D.) de CO2. Os ovos dos insetos (400 ovos por tratamento) com idade de 24 horas foram colocados em gaiolas do tipo gerbox (11 x 11 x 3,5 cm) com aberturas nas tampas que foram cobertas por telas para trocas gasosas, posteriormente foram alocadas nas câmaras climáticas com 25±3 º C, 70±10 % de umidade relativa e fotoperíodo de 14 horas. O delineamento foi inteiramente casualisado, com dois tratamentos e 20 repetições e conduzido por duas gerações de insetos. Anotações diárias foram realizadas a fim de avaliar o desenvolvimento dos percevejos e os resultados foram utilizados para a construção de tabelas de vida. Os parâmetros avaliados fora período de incubação dos ovos, viabilidade da fase de ovo, duração de cada estágio ninfal, duração do período ninfal total, número de insetos deformados, mortalidade ninfal, razão sexual, período de maturidade sexual, fecundidade, mortalidade da fase adulta e peso de fêmeas e machos na fase adulta. O desenvolvimento ninfal do E. heros foi afetado negativamente com a adição de CO2. Verificou-se aumento da duração ninfal, a viabilidade dos insetos foi maior na primeira geração em relação a segunda, o peso de machos e fêmeas acasaladas foi maior e o tempo da maturidade. A produção de ovos, longevidade e a taxa de aumento da população (Ro) foram reduzidas nos insetos do tratamento com 900 ppm de CO2.