Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Coelho, Liana Sousa [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/135890
|
Resumo: |
A associação entre Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e Doença Arterial Coronariana (DAC) é importante causa de morbidade e mortalidade em pacientes com DPOC. Dados da literatura mostram que essa associação ocorre independente de fatores de risco comuns – tabagismo, idade e gênero e que o processo inflamatório pode ser o elo entre essas doenças. Além disso, a presença de comorbidades pode alterar de forma significativa a gravidade da DPOC e/ou DAC. O presente estudo tem como objetivos avaliar a prevalência da associação entre DPOC e DAC em pacientes com diagnóstico primário de uma das doenças e avaliar as características gerais dos pacientes com DPOC, DAC e ambas as doenças. Além disso, avaliar intensidade da dispneia, tolerância ao exercício, qualidade de vida, estado inflamatório e achados ecocardiográficos em cada grupo de pacientes. Foram avaliados 95 pacientes, de ambos os gêneros e idade ≥ 40 anos. Destes, 43 foram diagnosticados com DPOC, 47 com DAC e 5 com ambas as doenças. Todos foram submetidos a avaliação clínica, eletrocardiograma, ecocardiograma, radiograma de tórax, avaliação da composição corporal, teste de caminhada de 6 minutos (DP6), exames laboratoriais, espirometria e responderam aos questionários de qualidade de vida. A prevalência de DAC em DPOC foi de 10,4%, enquanto que no grupo de pacientes com DAC a prevalência de DPOC foi de 9,6% e, quando avaliados DAC tabagistas, foi de 17,2%. O grupo DPOC apresentou maior percepção de dispneia (p<0,001), menor DP6 (p=0,037), pior qualidade de vida, avaliada pelo SF-36 (p<0,001) e aumento da proteína C-reativa (PCR) (p=0,020) em comparação com grupo DAC. Regressão linear não identificou correlação entre o estado inflamatório avaliada por PCR e IL-6 à presença de DAC (p=0,992 e p=0,978, respectivamente). Em nosso estudo, a prevalência de DAC em DPOC assemelhou-se aos menores valores encontrados na literatura. Pacientes com ambas as doenças apresentaram maior intensidade de dispneia, pior qualidade de vida e maior estado inflamatório que os outros grupos. Não encontramos relação entre o estado inflamatório e a prevalência de DAC em DPOC; esta associação parece dever-se à alta prevalência dos fatores de risco clássicos para DAC nos pacientes com DPOC. |