Enquadramentos jornalísticos das manifestações de protesto de junho de 2013

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Amôr, Ana Cristina Consalter [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/144470
Resumo: Este estudo traz como tema o papel do jornalismo na cobertura das manifestações de protesto de junho de 2013. Trata-se de uma contribuição para a área da comunicação, no que diz respeito à produção de conhecimento sobre os enquadramentos jornalísticos praticados pelas principais revistas brasileiras de informação geral, especialmente na cobertura das manifestações reivindicatórias. Nesse sentido, foi possível identificar e analisar a tônica dos enquadramentos das manifestações de junho em cada uma das revistas Veja, Carta Capital, Época e IstoÉ, em relação às razões do movimento, aos manifestantes, às formas de manifestação e às respostas das autoridades. Além de analisar que papel que desempenhou o jornalismo de revista na circulação e significação do conjunto de símbolos no processo de representações sobre manifestações sociais reivindicatórias, buscamos ainda verificar se essas revistas teriam condições de oferecer uma abordagem mais substancial do cenário político. Os resultados obtidos por meio da análise de enquadramento permitem concluir que as revistas Carta Capital e IstoÉ desempenharam papel importante na cobertura dos protestos porque apresentaram enquadramentos mais positivos, equilibrados e significativos e por isso contribuíram para a legitimação do evento e consequentemente para o processo de ampliação e disseminação dos direitos. Veja e Época, por sua vez, não produziram enquadramentos capazes de legitimar os protestos, não serviram de suporte para os seus direitos e nem para compreensão dos fatos. Continuam a sub-representar as questões de cidadania, as pessoas e suas necessidades.