Os ecos das manifestações de junho de 2013 na cobertura da Folha de S. Paulo e no horário gratuito de propaganda eleitoral de TV nas eleições de 2014

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Moreira, Talita Lucarelli lattes
Orientador(a): Leal, Paulo Roberto Figueira lattes
Banca de defesa: Guerra, Márcio de Oliveira lattes, Fernandes, Carla Montuori lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Comunicação
Departamento: Faculdade de Comunicação Social
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1276
Resumo: Propõe-se neste trabalho uma análise da cobertura das Manifestações de Junho de 2013 no jornal Folha de S. Paulo e nos programas televisivos do Horário Gratuito de Propaganda Eleitoral (HGPE) de 2014. Parte-se da hipótese de que, considerando o poder de mobilização dos eventos ocorridos em junho de 2013, estes ganhariam destaque tanto na cobertura jornalística quando no discurso apresentado pelos presidenciáveis no HGPE. Tomando como recorte as publicações referentes às manifestações veiculadas nas capas da Folha de S. Paulo, no período de 07 a 21 de junho, identificam-se, por meio da Análise de Conteúdo (BARDIN, 1977), os enquadramentos noticiosos pelos quais os fatos se tornaram notícia, a partir da perspectiva construcionista que norteia os estudos recentes das teorias do jornalismo. No que diz respeito ao HGPE, foram analisadas as peças veiculadas pelos quatro principais candidatos à presidência, Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB), Marina Silva (PSB) e Luciana Genro (PSOL). Verifica-se de que forma cada um dos presidenciáveis se apropriou da temática relativa às manifestações e em que medida elas estiveram presentes nos discursos destes atores, tendo a Análise de Conteúdo categorial como suporte metodológico. Para que seja possível perceber as relações entre a comunicação e a política, são estabelecidos diálogos entre autores que trabalham a interseção entre estes dois campos, percebendo as atuações da mídia como palco de disputas simbólicas e, ao mesmo tempo, como ator social e político. A partir dos dados coletados e analisados neste trabalho, foi possível observar que a Folha produziu enquadramentos que retratavam as manifestações sob vieses predominantemente negativos, enquanto os principais presidenciáveis envolvidos na disputa eleitoral utilizaram-se do HGPE para produzir retóricas de campanha através das quais as jornadas de junho foram apropriadas a partir do perfil ideológico de cada um dos candidatos.