Masculinidades na cena do Grupo Magiluth de Teatro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Mateus de Araújo [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/183291
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo investigar a representação de masculinidades na cena do Grupo Magiluth de Teatro, a partir da análise crítica na perspectiva da poética cênica e sobre as personagens dos espetáculos Aquilo que o Meu Olhar Guardou para Você e Viúva, porém Honesta. Um dos mais atuantes coletivos da cena contemporânea pernambucana, o Magiluth é um fenômeno teatral recifense surgido no início dos anos 2000, em meio a um processo de transformações democráticas políticas, econômicas e culturais no Brasil, e cuja forma de produção artística está ligada à prática coletiva – que tem entre suas premissas o trabalho continuado de pesquisa de linguagem, relação profícua com o contexto social em que estão inseridos e a horizontalidade das funções criativas. Recorrendo a uma contextualização histórica da passagem dos anos 1990 para 2000, no Brasil, procurou-se pontuar anseios do período de surgimento do Magiluth como parte tanto de um movimento intelectual pernambucano quanto de um resgate de referências estéticas e conceituais anteriores – a exemplo do teatro de grupo em organização micropolítica (COLETTA, 2014; AGUIAR, 2008). A pesquisa abrangeu ainda a reflexão sobre alguns estudos de gênero, intercruzados com o teatro performativo (ROMANO, 2017; MOSTAÇO, 2009; FERNANDES, 2010), a história do movimento LGBT no Brasil (QUINALHA, 2017, 2019; TREVISAN, 2018; LOURO, 2008, 2016) e as identidades de gênero masculino (BENTO, 2015; CONNELL, 1987, 1995; MATHIEU, 1987). Como hipótese, avalia-se que, através das subjetividades dos atores-criadores, o grupo justapõe em cena práticas de diversos tipos de masculinidade, convivendo, assim, com um modelo hegemônico – no caso, de homem nordestino (ALBUQUERQUE JR., 2013) – e outras configurações subversivas, subordinadas e/ou críticas àquele padrão.