Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Rocha, Júlia Thalita Queiróz [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/183607
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Resumo: |
Introdução: O diagnóstico citopatológico das punções aspirativas com agulha fina (PAAF) de tireoide está alicerçado no Sistema Bethesda (SiBe). A Categoria III (CIII) apresenta taxas de malignidade estimadas em torno de 10-30%, as quais variam entre diferentes instituições. Objetivos: Avaliar critérios citopatológicos utilizados na interpretação da PAAF para o diagnóstico de nódulos tireoidianos (NT) CIII do SiBe, buscando-se interfaces clínicas e achados associados à malignidade, além da proposição de um algoritmo de avaliação. Material e métodos: Estudo retrospectivo com PAAFs de NT cujo diagnóstico foi CIII, pelo SiBe, realizadas entre 2010 e 2016. As lâminas foram revisadas com ênfase nos critérios diagnósticos propostos pelo SiBe para essa categorização. Os dados foram trabalhados estatisticamente com utilização do modelo estatístico de árvore de decisão, sempre com p-valor definido em 0,05. Resultados: Entre 63 pacientes com nódulos ressecados, 17 (27%) tiveram diagnósticos de malignidade, sendo 13 carcinomas papilíferos da tireoide. Entre as doenças benignas, destaca-se o percentual de pacientes com diagnóstico final de tireoidite linfocítica crônica/tireoidite de Hashimoto (n=18 pacientes; 28,1%). Citologicamente, a presença de papilas (p=0,004) foi o critério melhor associado com o diagnóstico de malignidade e por isso o ponto de partida do algoritmo que se segue com sobreposição celular e presença de macrofolículos densamente celulares; uniformidade celular sem atipias simultaneamente à presença de células gigantes; e escassez de coloide associada a células gigantes. Propõe-se a subdivisão da CIII em três grupos: um de risco intermediário (grupo A/verdadeiro III), um de maior risco de malignidade (grupo B/III+) e um de menor risco (grupo C/III-). Conclusões: A taxa de malignidade global, no estudo, foi de 23,2%. A prática de repetição de PAAF se mostrou como boa alternativa para o estabelecimento de malignidade ou benignidade. O algoritmo de estratificação de risco baseado em critérios citológicos é uma proposta inovadora para orientação de conduta clínico-cirúrgica diante os casos CIII. É necessário aplicação deste fluxograma em outras populações com realidades diferentes e, inclusive, com maior número de casos. |