Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Nadai, Sandra Cristina Trambaiolli de [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/181513
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Resumo: |
O cotidiano escolar está repleto de situações de violências, indisciplinas, incivilidades, muitas vezes tratadas pela escola como uma forma única de agressão. Diante disso, se intensificam os problemas de desrespeito nas relações interpessoais, em especial, nas relações entre pares, vistas em tantas vezes por educadores como “brincadeiras da idade”, demonstrando o despreparo para identificar uma forma de violência específica – o bullying – e, potencialmente, para intervir adequadamente. Esse fenômeno vem sendo estudado, inclusive, buscando-se as explicações do fenômeno e as relações familiares presentes nos papéis assumidos pelos envolvidos em situações de bullying. Nesse ínterim, esta pesquisa, de caráter exploratório e descritivo, tem como objetivos: verificar as possíveis diferenças entre a percepção da disciplina de educação parental por participantes dos SAIs – Sistema de Apoio entre Iguais – e não participantes; verificar se as variáveis gênero, escolaridade e idade dos pais se relacionam com a disciplina de educação parental percebida pelos alunos; verificar se existem correspondências entre as formas de disciplina parental percebidas por adolescentes e suas participações em situações de bullying (como autor, alvo e espectador). Participam dessa pesquisa 1366 alunos do fundamental II de escolas particulares de diferentes municípios paulistas, divididos em dois grupos. Para atender a um dos objetivos específicos, 131 adolescentes foram escolhidos intencionalmente por participarem de um tipo de Sistema de Apoio entre Iguais (SAIs) implantado em suas escolas. Os demais participantes dentro dessa amostra por conveniência, constituem o grupo de alunos que não participam deste serviço. Os instrumentos de investigação utilizados para essa pesquisa foram dois questionários: o primeiro, baseado em investigações anteriores sobre bullying, para sinalizar a participação dos adolescentes em situações de intimidação e o segundo, adaptado de um questionário autoinforme e transformado para essa investigação como heteroinforme, para apontar as formas de educação parental percebidas pelos adolescentes. Ainda que a correspondência entre bullying e estilos de educação parental seja recorrente na literatura, essa investigação sugere um sentido para além dos estilos de educação – as ações tomadas para educar que são hoje, destacadas em investigações atuais, como formas de disciplina parental. As hipóteses são as destacadas pela literatura: quanto melhor a qualidade da disciplina parental, menor a participação em situações de bullying. Contudo, quanto à correspondência entre a forma de disciplina de educação parental e a participação em SAIs, verificamos que nem sempre essa correspondência acontecerá, denotando a importância de romper com a ideia de que a educação familiar é a causa direta de maior ou menor engajamento dos alunos em atuações como a tratada. Assim, o conhecimento das formas de disciplinas de educação parental, para que se possa pensar o que também é responsabilidade da escola (a formação de pais), justifica essa investigação. |