Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Santos, Luis Felipe Pupim dos [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/204577
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Resumo: |
A fluoretação das águas de abastecimento público é uma medida de saúde pública para prevenção de cárie cientificamente consagrada, mas conforme outros métodos de uso tópico do flúor se disseminaram, surgiram hipóteses questionando a necessidade de sua continuidade. O objetivo neste estudo foi analisar a prevalência de cárie em escolares de 12 anos da cidade de Araçatuba, São Paulo, Brasil, no ano de 2019, comparando-se grupos de jovens de “escolas centrais” e “escolas periféricas”, bem como entre os nascidos e não nascidos no município, que fluoreta regularmente suas águas. Trata-se de um estudo observacional, analítico, transversal, e de caso-controle, realizado em jovens de 12 anos do município de Araçatuba, que desde 1972 fluoreta ininterruptamente suas águas. Os critérios de inclusão foram: pelo menos 20 dentes na cavidade bucal; idade de 12 anos; estarem regularmente matriculados em escolas públicas do município; ausência de condições físicas que impossibilitassem o exame. Foram excluídos os indivíduos com síndromes e má formações congênitas, deficiências psicológicas, traumas faciais, e cujos responsáveis não assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. O estudo foi realizado por equipes compostas por examinadores, anotadores e monitores previamente treinados e calibrados, utilizando-se o índice CPOD para avaliação da cárie dentária. O processo de calibração foi realizado seguindo as etapas: apropriação dos fundamentos teóricos; compreensão dos critérios e códigos; aplicação dos critérios em situações reais; e cálculo dos erros intra e interexaminadores, coeficiente Kappa, cujo grau de concordância interexaminadores foi de 0,92. Os exames foram realizados nas próprias escolas, sob luz natural, em local bem iluminado e ventilado. A primeira etapa desta pesquisa consistiu em um estudo observacional, transversal, analítico, realizado com 454 adolescentes. Do total, 237 (52,20%) estudantes eram livres de experiência de cárie. O CPOD médio foi de 1,08±1,47, sendo encontrados os valores mínimos de 0 e máximo de 9. A média do índice CPOD foi significativamente maior (p-valor= 0,0424) nos estudantes do grupo “Escolas periféricas” (1,25±1,59) em comparação ao grupo “Escolas centrais” (0,96±1,38). Na segunda etapa desta pesquisa realizou-se um estudo de caso-controle com 164 adolescentes, divididos em 2 grupos: grupo controle com CPOD=0 (n=82); e grupo caso, com CPOD maior que 0 (n=82). O fato de não ter nascido e vivido sempre no município de Araçatuba foi considerado o fator de exposição para ocorrência da doença. A comparação entre os grupos caso e controle mostrou associação significante (p-valor= 0,0010) entre o fator de exposição e o CPOD maior que 0, com odds ratio de 3,0134 (IC 95%: 1,5944 - 5,6953). As médias do índice CPOD (não-expostos: 0,44±0,67; expostos: 1,31±1,32), do componente dentes cariados (não-expostos: 0,12±0,34; expostos: 0,49±0,89) e do componente dentes obturados (não-expostos: 0,40±0,73; expostos: 0,83±1,05) foram significativamente maiores (p<0,05) nos indivíduos nascidos em outros municípios em comparação aos nascidos em Araçatuba. O CPOD médio dos jovens de 12 anos foi considerado muito baixo. Os jovens que frequentavam escolas periféricas apresentaram maior CPOD médio em relação aos das escolas centrais; houve associação entre nascer na localidade que fluoreta regularmente suas águas e menor experiência de cárie. |