Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Caldeira, Priscila Santana |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/152397
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Resumo: |
Frequentemente a mídia tradicional/hegemônica deixa de reconhecer a importância de movimentos grevistas e movimentos sociais em geral. Atuando no contraponto de tendências dominantes, a mídia alternativa se estabelece como lugar de fala para a manutenção da conquista de direitos, tratando a cidadania como instrumento de emancipação e justiça social. Uma greve unificada da educação que durou mais de 100 dias no estado do Paraná em 2015 marcou a história do acontecimento e afetou milhares de pessoas em todo o estado. Este estudo verificou como os veículos de comunicação brasileiros, o alternativo jornal Brasil de Fato e o hegemônico Folha de S. Paulo, enquadraram o movimento grevista de servidores e professores da rede estadual de ensino do estado do Paraná, especificamente o “Massacre/Batalha do Centro Cívico”. A metodologia utilizada foi a do enquadramento, pois permitiu analisar a posição dos meios de comunicação sobre o acontecimento. O objeto da análise foi a cobertura das versões online dos jornais Brasil de Fato e Folha de S. Paulo, de 28 a 30 de abril de 2015 – período que abarca o que ficou conhecido por “Batalha do Centro Cívico”, ocorrido em 29 de abril, e os dias anterior e posterior à repressão do movimento grevista. Buscou-se analisar os padrões de cobertura dos jornais alternativo e hegemônico na atuação do movimento social, por meio da compreensão de como cada um dos veículos articulam as questões relacionadas aos sujeitos protagonistas da “Batalha do Centro Cívico”. A partir disso, se teve condições de apontar um paralelo de significação entre os dois veículos, foco de observação na pesquisa. A amostragem compreendeu três textos do Brasil de Fato e 13 matérias da Folha de S. Paulo. A Folha de S. Paulo enquadrou a reivindicação dos grevistas de maneira criminalizada, apesar de ter sido mais plural com relação ao uso das fontes. Já a cobertura do Brasil de Fato não foi tão problematizadora mesmo tendo atuado na contextualização do motivo da greve e apresentação dos dados da repressão policial. Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa por meio da Teoria do Enquadramento tal como proposta por Entman (1993). A fundamentação teórica se assenta nas obras de Maria da Glória Gohn (2008, 2012, 2014), Ilse Scherer-Warren (2004, 2011), Pedro Demo (2009), Máximo Simpson Grinberg (1987), Bernardo Kucinski (1991), Cicilia Peruzzo (2008), John Downing (2002), Chris Atton (2001), Entman (1993) e Mauro Porto (2001). |