Territorialização como um projeto em construção: uso do georreferenciamento na atenção primária à saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Silveira, Lílian de Oliveira [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/258523
Resumo: A Agenda Global 2030 do Objetivo do Desenvolvimento Sustentável da ONU estabelece metas voltadas ao combate dos agravos em populações historicamente vulneráveis, buscando reduzir as desigualdades em saúde, e nesse sentido a regionalização dos serviços, tendo a territorialização como estratégia. O objetivo do estudo foi analisar o processo de territorialização por meio do georrefereciamento, bem como a distribuição espacial e espaço-temporal de agravos incluídos na agenda 2030 da UNU, bem como analisar a percepção dos profissionais de saúde sobre a agenda. Trata-se de um estudo longitudinal onde foram elaborados mapas de incidência das doenças encontradas no território a partir das notificações compulsórias entre os anos de 2020 e 2023. Também foram aplicados questionários nos profissionais de saúde da Atenção Primária para autoavaliação e monitoramento das equipes de saúde em relação à gestão do cuidado no combate aos agravos analisados. Posteriormente, foi realizada uma análise do discurso com cirurgiões-dentistas, inserida em um estudo quanti-qualitativo. No período, houve aumento da incidência de casos de dengue/chikungunya, raiva, HIV, hepatite e tuberculose. Há lacunas no conhecimento das equipes de saúde sobre a agenda global e identificaram dificuldades de adesão por parte da equipe de saúde bucal. Conclui-se que georreferenciamento mostrou-se uma ferramenta eficiente para o processo de territorialização, bem como para integrar dados e identificar territórios com maior probabilidade de adoecimento. Os profissionais de saúde tem percepção positiva sobre o monitoramento dos agravos, mesmo tendo poucos conhecimentos em relação a agenda 2030. No entanto, os cirurgiões-dentistas apontam o cuidado fragmentado e alta demanda dos atendimentos como fatores dificultadores para o alinhamento com as metas da equipe mínima.