Uma novela infernal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Cabrini Júnior, Paulo de Tarso [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/94149
Resumo: As Obras do Diabinho da Mão Furada têm sido um texto polêmico, pela suspeita de que transmite, sob a forma de novela doutrinária católica, uma mensagem contrária a essa mesma doutrina e suas práticas. Escrita em Portugal, no início do século XVIII, mas publicada, no Brasil, apenas em 1861-1862, a novela é atribuída a Antonio José da Silva (1705-1739), autor conhecido por suas peças para teatro de bonecos, nas quais usava satirizar as instituições e os valores morais e sociais de sua época. Cristão-novo, mais conhecido pelo apelido O Judeu, Antonio José foi preso e torturado, em 1726, por crime de judaísmo. Foi depois dessa primeira prisão que Antonio José passou a escrever e fazer representarem suas peças, como forma disfarçada de agressão e resistência ao Tribunal da Inquisição, até ser preso novamente e executado em auto-de-fé, em 1739. Esta dissertação de mestrado se propõe a investigar a mensagem camuflada das Obras do Diabinho da Mão Furada, e interpretar a crítica ao Tribunal da Inquisição, disfarçada, textualmente, em apologia da doutrina católica.