O parvo em Gil Vicente e o gracioso em Antônio José da Silva: expressões do cômico no teatro português

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Dacanal, Débora Cristina [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/99177
Resumo: Esta dissertação analisa o enredo, a estrutura e a comicidade nas peças Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente e Guerras do Alecrim e Manjerona de Antônio José da Silva, dando enfoque à comicidade criada a partir das situações cômicas e da caracterização das personagens. O trabalho visa, sobretudo, analisar a presença e o perfil das personagens Joane, o Parvo da peça de Gil Vicente, e Semicúpio, o gracioso da peça de Antônio José da Silva. Para isso, esta dissertação faz: a análise por meio da aplicação do modelo actancial, da relação entre estas personagens com as demais em cada peça e suas relevantes importâncias para o desenvolvimento da ação; a análise da construção do cômico a partir de situações e de recursos linguísticos produzidos pelo Parvo e por Semicúpio; e a abordagem sobre a caracterização cômica destas personagens e a aproximação com outros caracteres cômicos de perfil semelhante, revelando as diferenças e semelhanças entre a personagem vicentina e silviana. Por meio do referencial teórico sobre comicidade e caracterização de personagens cômicas, a dissertação demonstra a proximidade da personagem Parvo com o caráter cômico do ingênuo, tal como o bobo e o louco medievais, e a proximidade da personagem Semicúpio com o caráter cômico do esperto, semelhante ao servo da Comédia Nova romana, do qual provieram outros criados, inclusive o gracioso espanhol definido por Lope de Vega