Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Garcia, Gisele Zoppellari Iori [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/97589
|
Resumo: |
Este trabalho propõe um exame dos discursos médico-psiquiátricos e institucionais a respeito da deficiência mental. Busca compreender como esse conceito foi forjado no interior de um campo perceptivo que engloba, entre outros, os saberes médico e pedagógico, e entender como se deu a prática de tutela da pessoa identificada como deficiente mental no Brasil pelas chamadas “escolas especiais”. O exame segue por dois caminhos que estão seriamente unificados: o dos discursos que envolvem a concepção de deficiência mental e o dos aspectos condicionantes que envolvem as práticas voltadas ao sujeito deficiente em suas relações recíprocas com as instituições de tutela. A genealogia, estratégia de análise inspirada em Michel Foucault, em cujos estudos nos referenciamos amplamente, foi o instrumento utilizado para evidenciar tais saberes e práticas. Sob a óptica adotada no presente trabalho, a deficiência mental é compreendida como produto dos processos que emanam do corpo social e não como um atributo individual. Considera-se também que a instituição de educação especial tem sido o principal lugar da prática onde se situam os discursos a respeito da deficiência; ela tem sido herdeira e mantenedora de saberes especializados que referendam não só a restrição social das pessoas identificadas como deficientes mentais como também a forma como as percebemos. Entre estes saberes reinam os discursos médico-psiquiátricos que, aliados à ação pedagógica, circunscrevem o sujeito da deficiência e o inscrevem num lugar social restrito. A pesquisa trouxe à tona estes discursos e práticas que envolvem a excepcionalidade e levantou argumentos que mostram que a participação intensa e crítica do deficiente mental no corpo social, entendida pelos discursos atuais como inclusão social, depende de significativas mudanças nos dispositivos e procedimentos normativos que regulam a sociedade atual. |