Bremia lactucae: monitoramento, dinâmica populacional e sensibilidade a fungicidas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Franco, Carolina Andrade [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193208
Resumo: O míldio da alface causado pelo oomiceto Bremia lactucae representa uma das doenças mais importantes na cultura da alface. Sua variabilidade genética tem sido estudada no mundo. O monitoramento constante faz-se necessário pois torna possível avaliar a diversidade do patógeno, auxiliando no melhor uso das ferramentas disponíveis para controle de B. lactucae, como o uso de fungicidas e cultivares resistentes. Assim, objetivou-se com este trabalho monitorar, estudar a dinâmica populacional e determinar metodologias para a avaliação da sensibilidade dos isolados de B. lactucae a fungicidas. Isolados de B. lactucae foram coletados no Rio Grande do Sul em 2015, e no Paraná e São Paulo em 2016. Em relação a sensibilidade de B. lactucae, foram avaliados os fungicidas dimetomorfe, mandipropamida e oxathiapiprolin, submetidos a diferentes doses, aplicados diretamente nas folhas cotiledonares ou na raiz de plântulas de alface. As populações avaliadas de B. lactucae nos estados de Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo possuem semelhança, compartilhando nove dos 15 fatores de virulência avaliados. Foram encontrados 27 fenótipos de virulência, mas apenas os correspondentes aos códigos sextetos 31-00-00, 31-00-02, 31-01-00 e 31-01-02 foram mais frequentes neste estudo. Além disso, a reprodução clonal mostra-se como principal forma de propagação de B. lactucae. Os genes e fatores de resistência das cultivares Argelès (Dm38), Balesta e Bartoli podem ser recomendados como fontes de resistência para o melhoramento genético visando resistência ao míldio da alface para as três populações brasileiras avaliadas neste estudo. Em relação a sensibilidade dos fungicidas avaliados, mesmo na dose de 50 mg L-1, quando aplicado na raiz houve esporulação dos isolados avaliados. Já a dose de 10 mg L-1 dos fungicidas dimetomorfe, mandipropamida e oxathiapiprolin, quando aplicados diretamente nas folhas foi suficiente para inibir a infecção causada pelo míldio da alface. Assim, a pulverização dos fungicidas nas folhas é mais confiável para a avaliação de sensibilidade de B. lactucae em condições similares às avaliadas no presente trabalho.