Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Tanabe, Rodrigo Hideki Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/192525
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Resumo: |
Escherichia coli uropatogênica (UPEC) causa a maioria das infecções do trato urinário (ITU), incluindo cistite e pielonefrite, no hospedeiro humano. A UPEC utiliza numerosos fatores de virulência para entrar, aderir, colonizar, adquirir nutrientes essenciais, multiplicar e causar danos ao ambiente do trato urinário. Estudos recentes demonstraram que alguns isolados de UPEC carregam fatores de virulência associados à patótipos diarreiogênicos de E. coli (DEC), como EAEC (E. coli enteroagregativa) e EPEC (E. coli enteropatogênica). Uma grande preocupação nas infecções por UPEC é o aumento da resistência antimicrobiana, levando à falha do tratamento em algumas ITUs causadas por esse patógeno. Nesse estudo, um total de 118 isolados de UPEC de amostras ambulatoriais de urina de pacientes atendidos no Hospital das Clinicas da Faculdade de medicina de Botucatu entre março e maio de 2018. Reação em cadeia da polimerase (PCR) foi usada para detectar 29 genes que codificam fatores de virulência, bem como marcadores de DEC (escN, stx1/2, aatA e aggR); além de genes que codificam adesinas e toxinas associadas ao patótipo EAEC. Os isolados de UPEC foram designados nos diferentes filogrupos de E. coli, utilizando um PCR quadruplex; e a determinação do perfil de susceptibilidade antimicrobiana foi realizada pelo método de disco difusão. Entre os isolados estudados, 39,8% foram atribuídos ao filogrupo B2, enquanto UPEC dos filogrupos B1 (14,4%), A (14,4%), D (12,7%), F (8,5%), G (3,4%), E ( 2,5%), E. clades (2,5%) e C (1,7%) também foram observados. Entre os genes codificadores de virulência pesquisados, fimH (98,3%), ecpA (78,0%), traT (82,2%) e ompT (62,4%) foram os mais frequentes. Os genes utilizados para a identificação de EAEC (aatA e aggR) e EPEC (escN) foram identificados em cinco (4,2%) e um (0,8%) dos isolados de UPEC, respectivamente. As maiores taxas de resistência foram observadas para os seguintes antimicrobianos: ampicilina (45,8%), cotrimoxazol (34,7%) e ácido nalidíxico (32,2%). Foram identificados 11,8% isolados de UPEC estudados confirmados como produtores de Beta-lactamase de espectro estendido (ESBL). Genes responsáveis por codificar ESBL foram detectados em 78,6% dos isolados de UPEC-ESBL+, sendo esses: blaCTX-M-15 (42,9%), blaCTX-M-8 (21,4%), e blaCMY2 (14,3%). Entre os isolados estudados, 16,1% apresentaram o fenótipo de multirresistência. Entre os isolados de UPEC classificados como multirresistentes 73,7% apresentaram resistência aos antimicrobianos pertencentes às classes dos betalactâmicos, das quinolonas e dos inibidores da via folato. Também foi observado que entre os isolados de UPEC multirresistentes, 52,6% foram capazes de produzir ESBL. Em conclusão, observamos que os isolados UPEC atribuídos ao filogrupo B2 abrigavam um maior número de genes codificadores de virulência que podem auxiliar na colonização e sobrevivência no trato geniturinário. Além disso, o número de isolados de UPEC não susceptíveis aos antimicrobianos testados, pode servir como um alerta para os profissionais da área da saúde, a fim de selecionar de maneira mais adequada o tratamento a ser usado nas ITUs. |