Análise comparativa do transcriptoma, capacidade de diferenciação e características imunofenotípicas de células estromais mesenquimais equinas obtidas de tecido adiposo e de tecido endometrial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Bernardo, Ramona Bastos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/202761
Resumo: As células estromais mesenquimais (MSC’s) têm propriedades regenerativas e imunomoduladoras, tornando-as importantes na terapia veterinária. Nos equinos, estas células são frequentemente obtidas da medula óssea e do tecido adiposo, necessitando procedimento cirúrgico, com sedação e anestesia local. Assim, o tecido endometrial, obtido através de biópsia uterina, pode ser uma fonte mais acessível para o futuro uso terapêutico. MSC’s de origem endometrial (TE) e adiposa (TA) foram isoladas das mesmas éguas doadoras. As MSC’s foram avaliadas in vitro quanto ao potencial de diferenciação em tecido adipogênico e osteogênico. As MSC-TE e MSC-TA foram cultivadas in vitro e avaliadas quanto a expressão dos marcadores CD90, CD105, CD34 e MHC II, através de citometria de fluxo. Além disso, foi realizada análise transcriptômica comparativa destas células pela extração do RNA total seguido de Sequenciamento de Nova Geração (NGS). Foi analisada a expressão gênica diferencial de mRNA, assim como seus processos biológicos e vias metabólicas mais representadas em cada tipo celular. As MSC’s de ambos os tecidos apresentaram características específicas de células estromais mesenquimais, incluindo diferenciação nas linhagens adipogênicas e osteogênicas, além padrão fenotípico esperado. Os transcritos de todos os genes expressos se agruparam de acordo com a origem da MSC. Um total de 427 genes regulados positivamente e 587 genes regulados negativamente foram identificados nas MSC-TE. No entanto, estes valores representam somente 3,3% do total de transcritos identificados. As principais vias metabólicas expressas diferencialmente foram aquelas relacionadas ao alto padrão proliferativo do tecido endometrial. Portanto, as células estromais mesenquimais advindas do endométrio equino são capazes de ser isoladas através de biópsia uterina, podendo se tornar uma fonte usual de coleta de MSC’s, para fins terapêuticos, uma vez que apresentaram características imunofenotípica, de multipotencialidade e de produção de transcritos semelhantes ao tecido adiposo.