Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Gilabel, Amanda Prado [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/235537
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Resumo: |
Uma técnica que começa a ser explorada na cultura do feijão-comum é a coinoculação, que consiste na associação de bactérias do gênero Azospirillum com as do gênero Rhizobium. É possível que algumas bactérias, dentre elas as do gênero Azospirillum, beneficiem o crescimento da planta por uma combinação de vários mecanismos. No entanto, a inoculação/coinoculação pode ser realizada de formas distintas, gerando diferentes respostas no crescimento, desenvolvimento e produção das culturas. O objetivo desse trabalho foi avaliar as formas de inoculação da bactéria simbiótica (Rhizobium) e da bactéria associativa (Azospirillum), de maneira isolada ou coinoculada, no crescimento, nodulação, fixação biológica de N2, nutrição mineral e produtividade de grãos do feijoeiro-comum. Foram conduzidos dois experimentos, em condições de campo, na Fazenda Experimental Lageado, em Botucatu-SP, durante os períodos de março a julho (experimento 1) e agosto a dezembro (experimento 2) de 2019; e um experimento, também em condições de campo, na Fazenda Experimental da Unoeste, no município de Presidente Bernardes-SP, durante o período de abril a agosto de 2020 (experimento 3). Os experimentos foram conduzidos no delineamento de blocos ao acaso, com quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos por três formas de inoculação com R. tropici (sem Rhizo, Rhizo semente e Rhizo sulco), combinadas ou não com quatro formas de inoculação com A. brasilense (sem Azo, Azo semente, Azo sulco e Azo foliar) mais um controle com N (120 kg ha-1 de N), em esquema fatorial 3x4+1, totalizando 13 tratamentos. Nos experimentos 2 e 3 foram inseridos mais dois tratamentos referentes ao fornecimento de N mineral (40 e 80 kg ha-1 de N). A cultivar de feijão-comum utilizada em todos os experimentos foi a BRS Estilo (Embrapa). Nos estádios fenológicos V4, R6 e R8 as plantas de feijão foram avaliadas quanto ao número (NN) e matéria seca de nódulos (MSN), crescimento radicular, matéria seca de raízes (MSR) e parte aérea (MSPA) e teor (NPA) e quantidade acumulada de N na parte aérea (NAPA) e abundância relativa de ureídos (ARU). Já no estádio R6 foram feitas avaliações relacionadas ao índice relativo de clorofila (Spad) e diagnose foliar. Por ocasião do encerramento do ciclo das plantas, foram avaliados os componentes da produção e produtividade de grãos (PG). Os resultados foram submetidos à análise de variância, pelo teste F. As médias dos tratamentos componentes do fatorial foram comparadas, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Por meio do teste de Dunnett (P≤0,05), os contrastes ortogonais dos tratamentos do fatorial foram comparados com a testemunha. Nos exps. 1 e 2, conduzidos em solo com textura argilosa, maior teor de matéria orgânica, fertilidade natural mais elevada e histórico de cultivo de feijão, a aplicação de R. tropici via sulco de semeadura e A. brasilense via sulco ou via foliar, proporcionaram os resultados mais promissores em termos de NN e MSN. Já para as condições do exp. 3 (solo arenoso, menor teor de matéria orgânica e fertilidade natural mais baixa), houve melhores respostas, em termos de nodulação, com a aplicação tanto de Rhizo, quanto de Azo, nas modalidades via sementes e sulco de semeadura, mas, não com as duas espécies juntas na mesma forma de inoculação. Foi observada redução tanto do NN, quanto da MSN, com o fornecimento de N mineral em todos os estádios fenológicos/experimentos. Houve resposta à adubação nitrogenada mineral para as variáveis relacionadas ao crescimento radicular (SR, CR e VR), MSR, MSPA, NPA e NAPA. Apesar disso, a aplicação de Rhizobium e Azospirillum também proporcionou efeito no crescimento radicular do feijão, com os resultados mais interessantes com as inoculações/coinoculações via sementes e sulco de semeadura, mas não com os microrganismos juntos na mesma via, principalmente nos exps. 1 e 2. A inoculação com Rhizobium via sementes incrementou a MSPA do feijoeiro, em V4 e R6, nas condições do exp. 3. Em relação aos teores foliares dos macro (N, P, K, Ca, Mg e S) e micronutrientes (Cu, Zn, Mn e Fe) do feijoeiro-comum, não houve efeito claro da inoculação/coinoculação de Rhizobium e Azospirillum. Quanto ao fornecimento de N mineral, houve algum efeito sobre os teores de N, K, Cu e Zn na folha diagnóstica do feijoeiro-comum. A inoculação, especialmente com Rhizobium, proporcionou incremento na ARU em comparação aos tratamentos sem inoculação. Contudo, a aplicação de Azospirillum via sulco e foliar, sem Rhizobium, também proporcionou resultados interessantes nessa variável. Houve redução ARU com a aplicação de N em todos os estádios fenológicos/experimentos. O fornecimento de N mineral incrementou o número de vagens por planta, especialmente, nos exps. 2 e 3. Quanto a PG, foi possível observar, em todos os experimentos, resultados muito próximos entre a inoculação/coinoculação de Rhizobium e Azospirilum e a aplicação de N mineral, seja de dose mais baixa (40 kg ha-1) ou mais elevada (120 kg ha-1). Apenas em solo mais arenoso (exp. 3), obtivemos respostas mais pronunciadas, em termos de PG, quando do fornecimento de N para a cultura do feijão-comum. Em relação as formas de inoculação, apesar dos resultados variados em alguns parâmetros, a aplicação de R. tropici e A. brasilense nas modalidades via sementes e sulco de semeadura, mas, não com as duas espécies juntas na mesma forma de inoculação, proporcionaram os resultados mais promissores. |