Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Fabrício Neto, Ailton [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/157476
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Resumo: |
Animais ectotérmicos têm suas funções fisiológicas fortemente influenciadas pela temperatura. Por exemplo, taxas metabólicas e de crescimento destes animais podem ser afetadas pela temperatura corpórea. Estudos com foco na medição de taxas metabólicas em serpentes, por exemplo, geralmente são realizados através da submissão dos animais a regimes constantes de temperatura. No entanto, ectotérmicos (serpentes inclusas) são conhecidos por apresentarem variações amplas de sua temperatura corpórea ao longo do ciclo circadiano. Esta discordância entre biologia termal e condições experimentais poderia funcionar como um potencial agente estressor para os ectotérmicos, o que poderia comprometer os resultados e interpretações de estudos, pois um aumento nos níveis de glucocorticóides pode afetar diversos atributos de vertebrados, como taxas metabólicas e resposta imune. O presente estudo testou os efeitos de diferentes regimes térmicos, constante e flutuante, ao longo do ciclo circadiano sobre indicadores de estresse em cascavéis (Crotalus durissus). Para tanto, um grupo de animais foi exposto ao tratamento constante-flutuante, composto por um regime constante de temperatura (30°C) seguido por um flutuante (25°C, 1800 às 0600h; 35°C, 0600h às 1800h, média de 30°C); o segundo grupo foi submetido ao tratamento flutuante-constante, composto por um regime flutuante e, após, o constante. Os animais foram expostos aos tratamentos por um período de 24 dias, sendo que no 12° dia ocorreu a mudança de regime termal. Efetuamos coletas de sangue nos dias 2, 10, 14 e 22 para medição da taxa heterófilo:linfócito (H:L), capacidade bactericida do plasma (CBP) e níveis plasmáticos de corticosterona (CORT). A mudança entre o regime termal constante e o flutuante agiu como um agente estressor para as serpentes, causando um aumento nos níveis plasmáticos de CORT. A exposição a um regime flutuante no início do experimento causou uma diminuição na CBP das cascavéis que persistiu por todo o experimento, e machos também apresentaram maior CBP do que fêmeas. H:L não foi afetada por nenhuma das variáveis independentes, portanto é possível que a mudança entre regimes termais agiu como um estressor de baixa intensidade. Nossos resultados demonstram que mudanças agudas em regimes termais podem causar uma resposta ao estresse em serpentes, mesmo após longos tempos de manutenção em cativeiro. |