Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Justo, Mariana Pagliusi [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/239800
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Resumo: |
Objetivo: Este estudo buscou correlacionar o estresse crônico com a resposta tecidual de diferentes tipos de cimentos endodônticos empregando o modelo ISO 10993-6:2016 para testes de implantação em tecido subcutâneo. Métodos: Foram utilizados 28 ratos Wistar divididos em 2 grupos (n=14): ratos controle (rC) e ratos estressados (rE). Em cada rato foram implantados 4 tubos de polietileno, sendo 1 tubo vazio para Controle, e os demais contendo um dos tipos de cimentos endodônticos selecionados para o estudo (Sealapex®, Endofill®, AH Plus®). Os períodos de avaliação foram de 7 e 30 dias (n=7/tempo). Após a eutanásia foi coletado o sangue para dosagem de corticosterona pelo método ELISA e, em seguida, os tubos e o tecido circundante foram removidos e processados para análise histológica e imunoistoquímica. A inflamação foi avaliada em cortes teciduais corados em H.E e pela marcação imunoistoquímica para IL-6, IL-17,TNF-α, CD8 e CD20; o colágeno, por meio da coloração de Picrosírios red (PSR); a biomineralização, por meio da coloração de von Kossa (vK) e em cortes sem coloração pela luz polarizada (POL), assim como também pela análise da osteocalcina (OCN). Para todos os testes empregados foi considerado o nível de significância de 5% (p<0,05). Resultados: Observou-se aumento de corticosterona em rE comparado a rC, apenas no período de 7 dias (p < 0,05). Animais do grupo rE apresentaram menor ganho de peso corporal comparado aos animais em rC (p < 0,05). Na análise histológica em rC aos 7 dias observou-se que o grupo Endofill apresentou infiltrado inflamatório mais intenso comparado ao Controle (p = 0,031). Em rE não houve diferença entre os grupos em nenhum período (p > 0,05). Comparando a resposta de cada grupo em função da presença ou não do estresse, observou-se que apenas aos 7 dias o grupo controle em rE apresentou infiltrado inflamatório mais intenso que o grupo Controle em rC (p < 0,05). Não houve diferença entre os grupos para IL-6 em nenhuma das comparações e períodos (p > 0,05). Para IL-17 em rC, aos 7 dias, o grupo Endofill apresentou infiltrado inflamatório mais intenso comparado ao Controle (p < 0,05). Para TNF-α, observou-se aos 7 dias que o grupo controle em rE apresentou maior imunomarcação comparado ao grupo Controle em rC (p < 0,05). Para CD8, no período 30 dias observou-se que o grupo AH Plus em rC apresentou maior quantidade de células CD8+ comparado ao AH Plus em rE (p < 0,05). Para CD20 em rC, aos 7 dias, foi observado que o grupo Endofill apresentou maior quantidade de células CD20+ quando comparado aos grupos Controle e Sealapex (p < 0,05). Em rE aos 7 dias, foi observado que o grupo Endofill apresentou maior quantidade de células CD20+ quando comparado ao grupo Controle (p < 0,05). Aos 7 dias o grupo Controle em rC apresentou maior quantidade de células CD20+ comparado ao grupo Controle em rE (p < 0,05). Para PSR, na comparação entre os grupos em rC, aos 7 dias, os grupos Sealapex e Endofill apresentaram maior percentual de fibras imaturas e menor percentual de fibras maduras quando comparados aos grupos Controle e AH Plus (p < 0,05). O grupo Controle, Sealapex e Endofill em rE apresentaram maior percentual de fibras imaturas e menor percentual de fibras maduras comparado aos grupos Controle, Sealapex e Endofill em rC (p < 0,05). O grupo AH Plus em rE, tanto aos 7 dias quando aos 30 dias apresentou maior percentual de fibras imaturas e menor percentual de fibras maduras comparado ao grupo AH Plus em rC p < 0,05. Apenas no grupo Sealapex, tanto em rC quando em rE, foram observadas estruturas coradas em negro na coloração von Kossa, cristais birrefringentes sob luz polarizada e imunomarcação positiva para OCN. Além disso, em rC houve maior imunomarcação para OCN comparado a rE (p < 0,05). Conclusão: O estresse crônico influenciou a resposta tecidual de cimentos endodônticos, aumentando o infiltrado inflamatório e retardando o reparo tecidual. Ainda, o estresse crônico reduziu a capacidade de biomineralização do material que possui esta habilidade. |