Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Hijano, Neriane [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/143902
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Resumo: |
A interferência de plantas daninhas em cana-de-açúcar é um fator determinante para a produtividade e qualidade da cultura, destacando dentre essas o capim-camalote (Rottboellia cochichinensis), cuja importância vem crescendo neste setor agrícola. Para o manejo dessas plantas visando minimizar a interferência, o conhecimento dos períodos de interferência de plantas daninhas em cana-de-açúcar possibilita o melhor posicionamento de herbicidas com ação residual. O objetivo da realização deste trabalho foi determinar o período de interferência do capim-camalote em cana-de-açúcar, a densidade crítica de capim-camalote capaz de interferir no desenvolvimento de mudas pré brotadas (MPB) de cana-de-açúcar e após o corte da cana o efeito no rebrote destas mudas e a seletividade do indaziflam e indaziflam + metribuzin em MPB de cana-de-açúcar. Para determinação dos períodos de interferência do capim-camalote em cana-de-açúcar o experimento foi realizado em área comercial, com a cultivar CTC14 plantada em janeiro. Os períodos de convivência ou de controle foram 0-23, 0-37, 0-44, 0-58, 0-72, 0-92, 0-122, 0-240, 0-300, 0-450 dias após o plantio (DAP). Considerando uma tolerância de redução de 5% na produtividade da cana-de-açúcar com interferência predominante de capim-camalote, o período anterior à interferência encontrado foi de 54 dias e o período total de prevenção a interferência foi de 130 dias após o plantio. Houve redução de 26,4% na produtividade quando comparada ausência total de plantas daninhas a presença dessas durante todo o ciclo; o valor do açúcar total recuperável (ATR) diminuiu com o aumento do período de convivência com as plantas daninhas. Para determinação das densidades de R. cochichinensis que interferem no desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar e o efeito das densidades no rebrote das soqueiras, o delineamento utilizado foi em blocos casualizados, com quatro repetições, sendo as populações de capim-camalote de 1; 2; 4; 8 e 16 plantas vaso-1 para ‘RB855156’ e 1; 2; 8 e 16 plantas vaso-1 para ‘CTC14’, mais a cana-de-açúcar na ausência do capim-camalote. Para o capim-camalote, os tratamentos foram compostos pelas densidades, na ausência e na presença da cultura. Aos 25, 55, 85 e 120 dias após o plantio (DAP) das mudas foram avaliados, no colmo principal, a altura, diâmetro, número de folhas e de perfilhos. Aos 120 DAP foram avaliados também o número de folhas totais, área foliar e a massa seca. As plantas foram cortadas rente ao solo e as soqueiras da cana-de-açúcar foram mantidas por mais 90 dias isentas do capim-camalote para avaliação do rebrote. O aumento da população de capim-camalote não interferiu nas características avaliadas do colmo principal, mas desencadeou menor número de perfilhos, de folhas totais, menor área foliar e massa seca de perfilhos. Para a ‘RB855156’ não houve recuperação da soqueira até 90 dias após o corte. A planta daninha apresentou competição intraespecífica nas maiores densidades testadas. O experimento de seletividade foi realizado em quatro partes, utilizando a combinação de duas cultivares de cana-de-açúcar (RB966928 e CTC14), as cultivares de cana-de-açúcar foram plantadas pela técnica MPB, e dois herbicidas (indaziflam e indaziflam + metribuzin). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com quatro repetições, em esquema fatorial 2 x 4, sendo duas técnicas de aplicação (pré e pós-plantio) e quatro doses do herbicida. Aos 10, 25, 40, 55 e 70 dias após a aplicação (DAA) foram avaliados visualmente os sintomas de fitotoxicidade e foi caracterizado o colmo principal da cana quanto à altura, o diâmetro, o número de folhas e o número de perfilhos da planta de cana-de-açúcar. Aos 70 DAA, além das características supracitadas, foram avaliados o número de folhas totais, área foliar do colmo principal e dos secundários, massa seca da parte aérea e das raízes. O herbicida indaziflam foi seletivo na aplicação em pós-plantio na menor dose testada para a cultivar RB966928, assim como o indaziflam + metribuzin, que foi seletivo para aplicação em pós-plantio nas doses até 75+960 g i.a. ha-1 para RB966928, sendo que a aplicação em pré-plantio dos dois herbicidas causou a morte das mudas das duas cultivares de cana-de-açúcar. |