Alterações no cérebro e no ventrículo de abelhas Apis mellifera expostas ao imidacloprido

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Catae, Aline Fernanda [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/143098
Resumo: As abelhas Apis mellifera se destacam expressivamente no contexto econômico e ecológico pelos produtos apícolas fornecidos como própolis, geleia real, mel, cera e apitoxina, e pela extrema importância que o processo de polinização representa para o equilíbrio dos ecossistemas. Estudos atuais indicam que algumas substâncias sintéticas, utilizadas no controle de pragas na agricultura, podem estar envolvidas em casos de intoxicação de abelhas. Os efeitos desses produtos podem não ser imediatamente notados, mas podem causar sérios efeitos fisiológicos e comportamentais que acabam por comprometer a viabilidade da colônia, de uma maneira geral. Diante do exposto, este trabalho teve como objetivos principais: avaliar a toxicidade oral do imidacloprido para A. mellifera por meio da determinação da concentração letal média (CL50), e analisar os efeitos de uma concentração subletal (CL50/100) no intestino e no cérebro por meio de de microscopia eletrônica de transmissão, bem como na distribuição de proteínas no cérebro, por meio da técnica do MALDI-Imaging. O valor da CL50 estabelecido foi de 1,4651 ng imidacloprido/μL de dieta. A exposição à CL50/100 (0,0146 ng imidacloprido/μL alimento) causou alterações bastante significativas nas células do ventrículo, principalmente a partir do quarto dia de exposição, como redução do tamanho do núcleo, condensação cromatínica, alterações mitocondriais e aumento de vacúolos digestivos e citoplasmáticos. No cérebro, destacaram-se os danos mitocondriais, espaçamento entre as células, núcleos irregulares e dilatação do espaço perinuclear. Essa concentração subletal afetou também a distribuição espacial de diversas proteínas no cérebro de abelhas, envolvidas principalmente com processos de sinapses, suprimento de oxigênio, estresse químico e oxidativo, degeneração neuronal e aprendizado e memória, demonstrando que esse inseticida causa alterações bioquímicas que podem inviabilizar funções neuronais importantes.